Engenheiro civil João Franco Neto, um dos coordenadores do Fórum Socioeconomico de Imperatriz |
Por Carlos Gaby
Uma iniciativa que não vingou em tempo passado recente está reacendendo as esperanças de empresários e dos governos municipal e estadual para aplicar, na prática e na forma e de maneira rápida e exequível, ações, projetos e empreendedorismo no âmbito das concepções das chamadas parcerias público-privadas.
É um tarefa árdua, que em primeira impressão causa desconfianças, mas ao mesmo tempo é estimulante e desafiadora.
E o primeiro passo já foi dado, a criação do Fórum Socioeconomico de Imperatriz, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII), da Prefeitura e do Governo do Maranhão, da Câmara de Vereadores e de entidades de fomento ao desenvolvimento e ao empreendedorismo, como o Sebrae, e da sociedade civil. Deve ser ampliado, com a participação do meio acadêmico. É um movimento apolítico e apartidário.
Estudos técncios e levantamentos, mas ações concretas e urgentes (principalmente) são as metas do fórum. O objetivo é ambicioso (e possível e necessário): criar um plano de desenvolvimento para Imperatriz para os próximos vinte anos.
O fórum já realizou quatro ou cinco encontros preparatórios (reuniões mensais), definindo três câmaras técnicas, de Educação e Cultura, Infraestrutura e Meio ambiente e das Pequenas e Micro Empresas. E vem coletando dados e informações oficiais sobre a realidade educacional, econômica, ambiental e de infraestrutura (como tratamento e distribuição de água e da rede coletora e de tratamento de esgoto residencial e de resíduos comerciais e industriais) do Município.
A participação e engajamento dos governos municipal e estadual são fundamentais para o movimento sedimentar suas ações.
Em abril passado, os gestores regionais da Fiema, o engenheiro civil João Franco Neto, um dos líderes do fórum, coordenador da Câmara de Educação e Cultura e presidente do Sinduscon Oeste MA (Sindicato das Indústrias da Construção Civil), e Eduardo Soares Sousa, usaram a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Imperatriz para apresentar a proposta de criação do plano de desenvolvimento para a cidade.
Semana passada, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Davi Telles, esteve em Imperatriz para participar de uma reunião técnica do fórum. Ouviu e falou sobre os projetos e investimentos da companhia. Visitou estações elevatórias da rede coletora de esgoto, cuja recuperação deve ser o primeiro alvo de suas ações urgentes dentro das propostas do movimento.
Segundo informações do fórum, a Caema sinaliza com investimentos em seus serviços de água e tratamento de esgoto da ordem de R$ 500 milhões nos próximos quinze anos (recursos, claro, ainda sofríveis) no Estado, sendo R$ 20 milhões já, urgentes, incluindo Imperatriz no pacote.
Câmaras técnicas
Secretário Richard Sebba, coordenador da Câmara de Infraestrutura e Meio Ambiente |
As três câmaras técnicas já estão elaborando relatórios, que devem ser apresentados em prazo máximo de pelo menos 120 dias.
A Câmara de Educação e Cultural recebeu confirmação do secretário municipal de Educação, Zesiel Ribeiro, de um relatório completo sobre o panorama educacional do Município.
A das Pequenas e Microempresas fechou parceria com o Sebrae para atualização do perfil socioeconômico de Imperatriz. Também irá trabalhar - com o mesmo Sebrae, a ACII e a Fiema -em pesquisa sobre a atividade informal de pequenos comerciantes, industriais e prestadores de serviços, e em levantamento de setores importantes da pequena economia, como os de confecção, panificação e da indústria moveleira.
Dados do Município revelam que só 25% dos resíduos produzidos nas residências são coletados pela Caema. Um quaro assustador, segundo o secretário de Meio Ambiente de Imperatriz, engenheiro civil e advogado Richard Sebba, coordenador da Câmara de Infraestrutura e Meio Ambiente. Ele confirma o que todo mundo sabe: todos os riachos que cortam a área urbana estão poluídos.
A cidade, na avaliação do fórum, precisa urgentemente de um Plano Municipal de Infraestrtura e Meio Ambiente em decorrência da rápida expansão imobiliária e da febre dos condomínios residenciais, claro incluída aí a já velha carência de tratamento de esgoto doméstico e industrial e de ações eficientes de combate à poluição dos riachos do rio Tocantins.
Sebba revelou que há previsão orçamentária para revisão do Plano Diretor e que seriam necessários pelo menos R$ 6 milhôes (orçamento de novembro de 2014) para serviços de georeferenciamento urbano e rural e de areofotogametria.
Adiantou o secretário que sobre a revitalização e duplicação do trecho urbano da Belém-Brasília (BR-010), vai enviar ofício ao Denit para saber das explicações do órgão sobre a obra. Para o fórum, a pressão política da bancada federal do Maranhão na Câmara dos Deputados é ponto-chave para que o projeto saia do papel.
Os desafios do fórum são enormes, mas é possível fazer. Quem aposta?
Parabéns à iniciativa!
ResponderExcluirSomente com mobilização e ação se obtém resultados!