Léo Franklin e a esposa, Dona Jane: amor, família e política (Foto: Arquivo de Família) |
Desde que alcançou a vida pública até sua morte, ele não conseguiu realizar o projeto que traçou com emoção, porém sem a racionalidade da retidão da régua e do traço firme do lápis: ser prefeito da cidade que adotou para viver, construir prédios, constituir família e amizades. Mas esse detalhe tão importante não o impediu de viver intensamente tudo que se descortinou em seu destino, sem jamais o ter adotado como um fracasso pessoal ou um plano que não teve forças para dar cabo.
Engenheiro civil, José Franklin da Costa Miranda - Léo Franklin, nome íntimo de família e amigos que adotou na carreira política, nasceu em São Luís no dia 11 de janeiro de 1945, um dos quatro filhos do médico Hamilton Raposo de Miranda e da professora Helena da Costa Miranda (os outros irmãos são Hamilena, Paulo Roberto e Hamilton).
Deputado estadual, vereador e presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, presidente da Companhia de Habitação Popular do Estado do Maranhão (Cohab), teve intensa atividade política e social. Boêmio, boa praça, atitudes simples, cercou a família como seu maior patrimônio e seguiu cultivando admiradores e correligionários.
Casado com Janice Coêlho Miranda, a dona Jane, tabeliã do Cartório de Distribuição da Comarca local, teve três filhos: Marco Antonio (Marquinhos), biólogo e adminsitrador; Hamilton, pedagogo, ex-vereador de Governador Edison Lobão; e Helenir, funcionária do Tribunal de Justiça do Maranhão. Deles, ganhou oito netos: Léo Franklin, Jorge Victor, Mayara, Ana Paula, Alice, Hellen, Helena e Heloísa.
"Sua vida sempre foi pautada pela honestidade, coerência, simplicidade e amizade. Foi um pai presente e cuidadoso, que nunca deixou que nada faltasse a sua família. Era um homem que prezava suas amizades. Gostava de estar com seus amigos. Como profissional, foi um grande engenheiro, tendo sido um dos pioneiros a chegar em Imperatriz. Sempre disposto a ajudar, dispensava o valor da planta da casa de quem não podia pagar. Na política, nunca até hoje alguém tem, teve ou terá algo que venha a manchar sua biografia. Sempre pautou sua atividade política na defesa dos interesses dos mais humildes. Sempre colocou a verdade em primeiro lugar, mesmo que para isso colocasse em risco sua eleição", testemunha o filho Marquinhos.
Foi vice-presidente da Assembléia Estadual Constituinte, tendo atuação bastante destacada na elaboração da atual Constituição Estadual. A Sala de Comissões da Assembléia Legislativa do Maranhão, o Plenário da Câmara Municipal de Imperatriz, vários colégios no interior do estado, ruas e avenidas na capital, levam o seu nome.
Em tudo que fazia contava com o apoio de uma guerreira, recebendo dela ajuda em todas as situações e em todos os momentos. Dona Jane era uma figura agradável; esposa, trabalhadora e mãe incansável, que também gostava de política e vivia esse ambiente intensamente.
Léo Franklin lutou pela vida durante quatro anos, após descobrir em 1989 que sofria de hipertrofia ventricular esquerda (seu coração estava crescendo) e que precisava submeter-se a um transplante.
Não conseguiu. Morreu tem 21 anos, em 17 de janeiro de 1993, às 9h30, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.
Dona Jane nunca conseguiu superar a perda de seu grande amor e companheiro. Faleceu no dia 11 de novembro de 2001, vítima de lúpus (doença auto-imune que ataca as células de defesa do próprio organismo).
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