Entre os subornados estaria Robson Marinho (à dir.), braço direito do então governador Mario Covas |
A multinacional francesa Alstom pagou suborno de R$ 31,9 milhões (em valores atualizados) a servidores públicos e políticos do PSDB, segundo revelou um ex-executivo da empresa em depoimento ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O suborno foi pago em troca do fechamento de negócio de R$ 263 milhões com estatais paulistas do setor de energia. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O ex-executivo, que não teve a identidade revelada, contou que o suborno equivale a 12,1% do valor do contrato. Ainda segundo o executivo, além de propina, o preço das subestações de energia vendidas à Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE) e à Eletropaulo foi superfaturado em R$ 16,2 milhões.
O suborno foi pago aos servidores e políticos tucanos para que a Eletropaulo e a EPTE não realizassem nova licitação. O MP paulista deve pedir que a empresa francesa devolva o valor cobrado indevidamente. O executivo afirmou aos promotores que as empresas estrangeiras MCA Uruguay e Acqualux eram usadas como consultoria de fachada, e serviam para acobertar a saída de dinheiro usado no pagamento de suborno. Juntas, as duas empresas receberam R$ 31,9 milhões.
A Acqualux – que teria recebido R$ 9,2 milhões, de acordo com o executivo – pertence a Sabino Indelicato, tido pelo MP como um “laranja” do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Robson Marinho, suspeito de receber suborno da Alstom.
A Alstom diz em nota “que sobrepreço e pagamentos ilegais não são permitidos na empresa”. A multinacional afirma ainda “que está colaborando com as autoridades nas investigações” e que “opera segundo um código de ética a fim de cumprir as leis e regulamentos dos países onde mantém suas operações”.
Fonte: www.diariodopoder.com.br
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