Com informações de Mozart Magalhães
Ao entregar a MA-386, conhecida como Estrada do Arroz, que agora passa a ser chamada Padre Josimo Tavares, o governador Flávio Dino disse que seu governo "promove a justiça para os injustiçados".
O governador destacou que essa é uma forma de manter viva a história de luta do padre. “Escolhemos Josimo Tavares para homenagear a luta camponesa, para dar visibilidade a essa nobre luta e para dizer que a vida sempre vence a morte, pois com essa homenagem, mantemos viva a história deste grande brasileiro”.
Para o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto, a homenagem demonstra quais são as prioridades do Governo Flávio Dino. “Essa é uma forma especial e simbólica do Governo do Estado reconhecer a importância dos trabalhadores, que é a principal base da população maranhense”.
Dona Olinda Tavares, mãe de padre Josimo, participou da solenidade de entrega e também recebeu os agradecimentos das autoridades presentes. Ela se emocionou com a homenagem. “Meu filho era muito querido entre os mais pobres e esta atitude é uma forma de valorizar toda a sua caminhada. Fico muito orgulhosa da trajetória de luta que ele construiu”, disse.
Quem mora na rodovia, aprovou a ideia. “É importante porque Josimo foi um grande lutador pelos trabalhadores e essa é uma forma de homenagear todos os trabalhadores rurais”, disse o morador Benilson Sousa.
A rodovia
A rodovia Josimo Tavares, que liga Imperatriz a Cidelândia, foi entregue no último sábado (16). O Governo do Estado pavimentou os 47 quilômetros da MA, recuperou 11 de pavimento e construiu nove pontes de concreto, beneficiando a 25 comunidades rurais.
As obras foram retomadas no início do ano passado e passou por toda uma readequação do projeto, que foi desde o redimensionamento da base, do asfalto e da largura da via, para proporcionar qualidade e durabilidade dos serviços.
Além do pavimento, a estrada recebeu sinalização horizontal e vertical no intuito de garantir a segurança de quem a utiliza.
Padre Josimo Tavares
Foi um dos incentivadores da luta pela terra na região e no norte do Tocantins, sendo essa a motivação do seu assassinato.
No dia 15 de abril de 1986, Josimo sofreu um atentado. Cinco tiros foram disparados contra o veículo dele, uma Toyota. O padre chegou a comunicar à Igreja Católica que sua morte estava anunciada.
Em um dia de sábado - 10 de maio de 1986 - foi assassinado enquanto subia as escadas do prédio da Mitra Diocesana de Imperatriz, onde funcionava o escritório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Araguaia-Tocantins. O assassino deu dois disparos com uma pistola calibre 7,65, pelas costas de Josimo. O padre ainda conseguiu subir as escadas e pedir ajuda. Esperou mais de duas horas por atendimento médico. Não resistiu e morreu no hospital
Nenhum comentário:
Postar um comentário