A Câmara
Municipal aprovou nesta quinta-feira (25) projeto de reajuste salarial de 6.29%
para os servidores da Educação e a isonomia de R$ 240 do Vale Alimentação para
todos os servidores do Município. O projeto do Executivo era para ser votado
pelo Plenário na sessão dessa quarta (24), mas um pedido de vistas de 24 horas
do vereador Carlos Hermes (PCdoB) adiou a votação para a sessão desta manhã.
Servidores
da Educação, a maioria professores e diretores de escolas, lotaram as galerias
e os corredores da Câmara em protesto contra o índice do reajuste – a categoria
reivindica o mesmo reajuste do piso nacional, de 7.64%. Com apitaço e portando
faixas e cartazes, eles fizeram manifestação antes e depois da votação contra o
prefeito Assis Ramos.
Votação
Na abertura dos debates, o vereador Rildo
Amaral (Solidariedade) encaminhou requerimento solicitando a votação em
destaque do valor do Vale Alimentação. O pedido foi subescrito pelos vereadores
Carlos Hermes, Aurélio Gomes (PT), Ricardo Seidel (Rede) e pelo presidente da
Casa, José Carlos Soares (PV).
A estratégia
dos oposicionistas era votar em separado as duas propostas do Executivo, já que
a maioria absoluta do Plenário era a favor do reajuste do Vale Alimentação e
levar o reajuste salarial para ser disputado no voto, na esperança de reverter
o quadro quase consolidado de derrota na votação.
A proposta,
no entanto, não recebeu o apoio da maioria do Grupo dos Nove (G9) e foi
derrotada por treze votos a oito.
Em protesto,
seis vereadores abandonaram o Plenário para não participarem da votação.
Após as
manifestações individuais e com quorum regimental, o presidente José Carlos
abriu a votação. O G9 já havia liberado o voto de seus integrantes. Os
governistas comemoraram a aprovação do projeto após o placar de 12 a 2 a favor
do reajuste.
Como na
sessão de quarta, os secretários José Ribamar Oliveira (Fazenda e Gestão
Orçamentária), José Antonio (Administração) e Marlon Moura (Governo)
acompanharam a votação na Câmara.
Tramitação -
Relembre
A proposta
de reajuste do Executivo, com pedido de regime de urgência urgentíssima, foi
encaminhada a três comissões técnicas da Câmara Municipal na sessão de terça, 23.
Integrantes das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Orçamento e
Contabilidade e Educação se reuniram no mesmo dia e chegaram a consultar
técnicos da Prefeitura.
O G9, em reunião com dirigentes do Sindicato dos
Professores, tentava até a última hora prolongar as conversações com os
representantes do prefeito Assis Ramos para tentar chegar ao patamar
reivindicado pela categoria.
A matéria
entrou na pauta dessa quarta e a intenção da Mesa Diretora e dos governistas
era de que pudesse ser votada rapidamente na sessão, já que não havia acordo de
lideranças.
Logo na
abertura dos debates, o vereador Adhemar Freitas Júnior (PSC), líder do G9,
pediu que os integrantes do bloco se retirassem do Plenário para acordar o
encaminhamento do voto conjunto.
Houve
intenso debate no Plenário. O líder do Governo, Hamilton Miranda, solicitou à
Mesa que colocasse a matéria em votação e pediu a presença do G9 em Plenário.
João Silva (PRB) argumentou que a matéria deveria ser votada, pois tramitava em
regime de urgência urgentíssima.
Diante do
impasse e após forte intervenção do presidente José Carlos Soares, o vereador
Carlos Hermes protocolou requerimento na secretaria da casa pedindo vistas do
projeto por 24 horas. Depois de novos debates e tentativas de obstrução, a Mesa
colocou o requerimento em votação e os governistas foram derrotados por 13 a 8.
O G9
negociou até às 21h de quarta em várias reuniões com técnicos da Prefeitura,
mas não conseguiu avançar na proposta e liberou seus integrantes para a votação
final na manhã desta quinta.
(Foto: Mariana Castro) |
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