Tiririca, o palhaço-deputado. Ou o deputado-palhaço? (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) |
Ele foi o candidato
a deputado federal mais votado do país, em 2010, com mais de 1 milhão e 300 mil
votos. Quatro anos depois foi o segundo mais votado, de novo para a Câmara dos
Deputados. Ao final de sete anos de mandato: subiu apenas uma vez na tribuna –
exatamente para anunciar que deixará a política ao final do mandato, 2018 -,
aprovou apenas um projeto e, segundo Veja, usou dinheiro público para pagar
despesas de uma viagem que fez a Minas Gerais, onde fez um show.
Pois o
sujeito, que passou todo esse tempo fazendo piadinha sem graça sobre a política,
agora quer posar de bobinho, de vítima de um sistema opressor no parlamento
nacional, de quase um deprimido patriota cansado de tanta pilantragem nas
hostes políticas tupiniquins.
O senhor
Tiririca votou pelo impeachment da presidente Dilma e votou duas vezes para
manter o atual ocupante do Palácio do Planalto, Michel Temer, longe das garras
da lei.
As
declarações do palhaço-deputado, no discurso de despedida, soam como fracasso
dele; ele que esperava um parlamento de joelhos a oferecer-lhe um picadeiro
aonde pudesse escrachar a classe política com direito a espaço na mídia
nacional.
Em recente
entrevista a um famoso jornalista, disse que sabia que compravam votos para
livrar Temer de investigação, disse também que foi procurado para receber
dinheiro – mas, diz, ele, não aceitou.
No citado
discurso da Câmara, saiu-se com essa: "A gente sabe que todos nós ganhamos
bem para trabalhar, nem todos trabalham. [...]”.
A verdade é
que o palhaço-deputado prestou um desserviço ao país, desrespeitou seus
eleitores e foi covarde ao fugir da luta, ao afundar-se na sua poltrona no
plenário, ao esconder-se dos grandes debates, ao concordar com as trapaças que
testemunhou e das quais teve conhecimento.
Como
servidor público muito bem pago, ele cometeu crime de omissão, ao admitir que
sabia do balcão de negócios na Câmara dos Deputados.
Por que não
denunciou, não levantou a voz contra as bandalheiras? Por que não se juntou a
tantos outros colegas – que ele mesmo diz saber que são honestos – que não
concordaram, que colocaram a boca no mundo denunciando as falcatruas?
Ora, agora é
fácil atacar o parlamento e sair como bonzinho, como vítima, em um momento em
que a classe política cambaleia?
O
palhaço-deputado é uma farsa e exemplo para que os eleitores não caiam na lábia
sujeitinhos medíocres metidos a santos e salvadores da pátria.
O senhor
Tiririca já vai tarde. Ganhou muito dinheiro público e ficou caladinho. Sequer
marcou posição no debate nacional. Entre seus pares, é convocado sempre para
contar suas piadinhas sem graça.
Apenas isso. No fundo, o palhaço-deputado quer
acoitar a própria covardia, a incompetência, a inaptidão e golpe baixo que
aplicou na Nação.
Deveria
estar num circo romano, entre os leões.
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