Há décadas, durante
quatro meses de veraneio, homens e mulheres do povo aproveitam para engordar
suas poucas finanças familiares. Gastam um dinheirinho para fincar suas
barracas nas areias do Cacau, outros aproveitam para arrecadar uns trocados no
estacionamento logo ao lado da descida para a praia.
Mas este
ano, um mi$tério se instalou em torno do empreendimento público e novos atores
surgiram da fumaça, com força estranha, para riscar faca no chão da gente
simples.
A quem
interessa a proibição de veículos estacionarem no estacionamento dos resignados
trabalhadores que tiram seu sustento honestamente do turismo?
Não queremos
acreditar que haja um conluio para prejudicá-los, nem mesmo que alguém (ou alguns)
da Prefeitura queira(m) privilegiar o estacionamento particular que funciona no
início da rampa que dá acesso à praia. Não, caros amigos, não acreditamos em
ajuntamento com outros fins que não sejam os interesses dos mais pobres, dos
que trabalham debaixo de sol e da inclemente mão poderosa do Poder Público.
Também não
acreditamos, diletos irmãos, que a palavra do prefeito Assis Ramos é como vapor
de pingo d’água em frigideira quente.
Ainda não
acreditamos nestas duas dissertações de mente conspiratória. Mas...
O prefeito
esteve recentemente na praia, acompanhado de vereadores, e liberou o
estacionamento público, mais barato e tocado pelos trabalhadores que estão ali
tem era. Eis que, ouvidos de prepotência, ignoraram as ordens do chefe.
Ontem,
quinta-feira, 17 de agosto, mais uma vez garrotearam a garganta dos humildes.
De acordo com justas línguas, isolaram os modestos concorrentes e, dane-se!,
quem quiser que vá reclamar para o bispo. Sobrou até para os vereadores, a quem
os soberbos deram de ombros.
Mas há atitude
e fala que encontram seu muro. A medida rachou a base do prefeito e vem chumbo
por aí.
Como diz o
ditado sertanejo, foi covardia maior que “cobra que morde cego”.
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