Fico pensando aqui: o que há por detrás de tantas notícias negativas sobre o recém-fundado PSD? Funda-se partido, neste Brasilzão de teorias e ideologias, como abre-se lojas de sulancas nas esquinas da vida. Mas no caso do PSD, a “grande imprensa” e seus editores transformaram a pauta no pré-julgamento e, mais uma vez, na discriminação ideológica e filosófica. Quer dizer, pode-se fundar partido da esquerda da esquerda ou da direita mais à direita; mas de centro, muito menos daqueles que desagradam neoliberais e esquerdistas pré-históricos, jamais, nunca nesta de Cabral.
A batalha no TSE para aprovar o PSD, ao invés de satisfazer os interesses dos que estão por detrás da “grande imprensa”, deu maior visibilidade à nova sigla. Tiro no pé.
A quem interessa os canhões virados às trincheiras da sigla de Gilberto Kassab?
Só um pequeno exemplo das notinhas e das futricas ambíguas da “grande imprensa”, na nota postada por Josias de Souza, o colunista-mor de política da Folha de São Paulo (observe o alarde, e nas linhas marcadas, o próprio desmentido; depois, no final, a insinuação):
“O recém-nascido PSD ainda sofre os efeitos do parto, realizado a fórceps, na semana passada, no TSE.
Nesta segunda (3), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes e na casa de dois políticos do partido de Gilberto Kassab.
As batidas policiais foram requeridas pelo Ministério Público Eleitoral e deferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral fluminense.
Investiga-se a ocorrência de fraudes na coleta de assinaturas de apoiadores do PSD. Segundo a PF, nada foi encontrado.
A PF suspeita de vazamento da operação. Os partidários do PSD negam que tenham tomado ciência da batida em tempo de livrar-se de papéis.
Assim caminha, em seus primeiros passos, o PSD, penúltima novidade da política brasileira.”
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