Márlon Reis, ex-juiz, um dos criadores da Lei da Ficha Limpa (Foto: Carlos Gaby) |
Em
entrevista exclusiva ao blogue, o advogado e ex-juiz Márlon Reis, um dos
criadores da Lei da Ficha Limpa, diz que espera uma posição oficial da Rede
para definir sua participação política na eleição de 2018, que uma candidatura
ao Senado é uma “opção possível”, defende eleições diretas já, candidatura de
Marina Silva e conclama eleitor a não abandonar a participação política.
Confira:
- O senhor já definiu um caminho
político ou fica na assessoria jurídica da Rede?
Márlon Reis – O meu destino político está
relacionado ao que vier a ser discutido pela direção nacional do meu partido.
Tenho um nome conhecido em outras regiões do país e coloquei o meu nome à
disposição da direção nacional da Rede para que oriente qual a melhor
alternativa para meu futuro político.
- Seu nome é muito cotado para o
Senado. Ou pelo Maranhão ou outro estado da federação, inclusive pelo Distrito
Federal. Seria esta a primeira opção?
Márlon Reis – É uma opção possível, sim. Ei tenho
recebido convites de alguns estados,
lugares onde sempre tive uma presença muito frequente e onde eu estou agora em
virtude do meu trabalho de advogado. Como disse, tanto o cargo como o domicílio
eleitoral dependerá muito do que vier a ser decidido pela direção nacional da
Rede.
- Em relação à campanha presidencial,
a Rede caminha com candidatura própria ou pensa em fazer parte de uma frente?
Márlon Reis – Marina [Silva] é nossa candidata.
Temos defendido abertamente que ela volte a postular um mandato de presidente
da República. O momento é extremamente propício para a terceira via porque
todas as grandes forças políticas estão completamente destruídas pelo
envolvimento direto com a corrupção e a Rede não tem esse problema, Marina,
particularmente, não tem. Então, ela tem todos os atributos, experiência, para
se candidatar novamente à Presidência.
- Com a crise política aberta pela
Operação Lava Jato, que atingiu figuras da alta República, qual a posição da
Rede?
Márlon Reis – A Rede defende eleições diretas, já,
porque a solução deve vir da própria sociedade. Essa é a posição oficial da
Rede: eleições diretas para a Presidência da República para que seja eleito
alguém para completar esse período, um mandato tampão.
Agora, em
não acontecendo isso, eu particularmente faço questão de frisar uma coisa: nós
não podemos desistir da participação política. O eleitor não pode achar que
todos são iguais. Porque se o eleitor deixar de comparecer ou votar nulo ele
vai estar favorecendo quem compra votos. Existem muitos políticos honrados,
homens e mulheres e é papel, é dever cívico de nós, como eleitores,
identificá-los e votar neles para que
eles ganhem e ocupem esses lugares que hoje são, em sua maioria, ocupados por
pessoas inaptas e desqualificadas, até mesmo do ponto vista moral.
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