Flávio Dino (centro) foi palestrante em evento promovido por estudantes de Direito da Ufma, em Imperatriz |
O governador
do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou o ‘ativismo jurídico negativo’ em
alguns setores do Poder Judiciário brasileiro e disse que o instituto da
delação premiada se tornou “um atalho” ao caminho do rito normal das
investigações nas esferas policial e jurídica.
O governador
foi palestrante de um seminário promovido por estudantes de Direito da
Universidade Federal do Maranhão (Ufma), na noite desta quinta-feira (5) em
Imperatriz. Ele falou sobre a história da Constituição brasileira, desde a
primeira em 1824 até a atual, promulgada em 5 de outubro de 1988, após 27 anos
do golpe militar.
O governador
lembrou o caso recente do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina que
cometeu suicídio após ser preso por ordem de uma juíza da Lava Jato em caso que
investiga desvio de dinheiro na universidade ocorrido em gestão anterior à dele.
Flávio Dino defendeu a discrição dos juízes e condenou o ativismo judicial.
Sem citar
diretamente a Operação Lava Jato e seus líderes, o ex-juiz federal
disse que “estamos no sinal amarelo”. Para ele, o Judiciário está mandando no
país.
“Juiz não
deve escolher o réu e o réu não deve escolher o juiz. Ocorre isso hoje no
Brasil? Precisamos refletir sobre isso. E aperfeiçoar a delação premiada,
instituto que tem apenas três anos”, ponderou.
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