Açailândia é campeã de trabalho escravo no campo na região



Na próxima terça-feira (28), será comemorado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e o Maranhão continua sendo destaque negativo. Segundo o último levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Maranhão tem 33 nomes no cadastro nacional de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava, a chamada "lista suja", o que coloca o estado na 5ª posição no ranking nacional. No comparativo com o ano passado, houve um aumento de 10% na lista maranhense. 

As principais atividades econômicas envolvidas na exploração do trabalho análogo à escravidão no estado são a criação de bovinos para corte, pecuária, cultivo de milho e produção de carvão vegetal. Os municípios recordistas de casos são Santa Luzia (nove), Açailândia (sete), Carutapera (quatro), Bom Jesus das Selvas (três), Codó (dois) e Bom Jardim (dois). Santa Inês, Governador Edison Lobão, São Mateus, Altamira, Maracaçumé e Bela Vista do Maranhão completam a lista (cada município possui um caso). 

Veja "Lista Suja" do Trabalho Escravo no Brasil!

Somente em 2012, conforme dados do MTE, 67 maranhenses foram resgatados de situações análogas à escravidão, resultando no pagamento de mais de R$ 178 mil em indenizações. Maior exportador de mão de obra Também segundo o MTE, o Maranhão é o estado que mais exporta mão de obra escrava para outras regiões do país. 25% dos trabalhadores brasileiros resgatados em condições análogas à escravidão são maranhenses. 

"O trabalho escravo no Maranhão é um problema crônico. Cada vez mais, as autoridades têm se unido para fortalecer as ações de articulação, monitoramento e repressão. É importante, inclusive, oferecer cursos de profissionalização aos trabalhadores resgatados. Do contrário, eles podem acabar voltando às armadilhas da escravidão", avaliou a procuradora Virgínia de Azevedo Neves, que coordena o combate ao trabalho escravo no Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). 

No Senado Federal, ainda tramita a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 57A/1999, a chamada PEC do Trabalho Escravo. Em seu texto, a proposta determina que as propriedades rurais e urbanas onde for flagrada a exploração de trabalho escravo serão expropriadas e destinadas à reforma agrária ou a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário.


1. AB de Carvalho (Fazenda Nativa 3; Santa Luzia) 
2. Adailto Dantas de Cerqueira (Fazenda São Jorge; Santa Luzia) 
3. Adailto Dantas de Cerqueira (Fazenda Saramandaia; Santa Luzia) 
4. Agenor Batista dos Santos (Fazenda União; Açailândia) 
5. Alcides Reinaldo Gava (Fazendas Reunidas São Marcos e São Bento; Carutapera) 
6. Alsis Ramos Sobrinho (Carvoaria do Alsis; Açailândia) 
7. Antônio Aprígio da Rocha (Fazenda Barro Branco; Santa Luzia) 
8. Antônio Barbosa Passos (Fazenda Reluz; Bom Jesus das Selvas) 
9. Antônio das Graças Almeida Murta (Fazenda Lagoinha, na BR-222; Açailândia) 
10. Antônio das Graças Almeida Murta (Fazenda Lagoinha, na Rua Rio Grande; Açailândia) 
11. Antônio Erisvaldo Sousa Silva (Fazenda Pampulha; Açailândia) 
12. Antônio Evaldo de Macedo (Fazenda Outeiro; São Mateus) 
13. Antônio Fernandes Camilo Filho (Fazenda Lagoinha, na BR-222; Bom Jesus das Selvas) 
14. Antonio Fernandes Camilo Filho (Fazenda Lagoinha, na Zona Rural; Bom Jesus das Selvas) 
15. Antônio Gonçalves de Oliveira (Fazenda União; Carutapera) 
16. Antônio Raimundo de Alencar (Fazenda do Antônio Emídio; Altamira) 
17. Antônio Vieira Fortaleza (Fazenda Boa Esperança; Bom Jardim) 
18. Clemilson de Lima Oliveira (Fazenda União, Carutapera) 
19. Elizeu Sousa da Silva (Fazenda Santo Antonio; Açailândia) 
20. Esperança Agropecuária e Indústria Ltda (Fazenda Entre Rios; Maracaçumé) 
21. Francisco Gil Cruz Alencar (Fazenda Coronel Gil Alencar (Gilrassic Park); Santa Inês) 
22. João Feitosa de Macedo (Fazenda J. Macedo; Bela Vista do Maranhão) 
23. José Celso do Nascimento Oliveira (Fazenda Planalto 2; Santa Luzia) 
24. José Edinaldo Costa (Fazenda Palmeiras; Santa Luzia) 
25. José Egídio Quintal (Fazenda Redenção; Açailândia) 
26. José Firmino da Costa Neto (Fazenda Santo Antônio; Santa Luzia) 
27. Líder Agropecuária Ltda. (Fazenda Bonfim; Codó) 
28. Max Neves Cangussu (Fazenda Cangussu; Bom Jardim) 
29. Ramilton Luís Duarte Costa (Fazenda Terra Bela; Governador Edison Lobão) 
30. Raphael Carlos Galletti (Fazenda Triângulo; Carutapera) 
31. Roberto Barbosa de Souza (Fazenda Barbosa; Santa Luzia) 
32. Rui Carlos Dias Alves da Silva (Fazendas Agranos/Sanganhá/Pajeú; Codó) 
33. Vilson de Araújo Fontes (Fazenda Cabana da Serra; Santa Luzia)

Fonte: O Imparcial

Um comentário:

  1. Advinha para onde vai,a totalidade desse carvão?Todo mundo sabe ,inclusive o Ibama,que o destino são as guzeiras do Pequiá.Nada fazem é porque não querem.Ms tem mais problemas.Este carvão ,é proveniente de matas nativas,onde existem varios crimes ambientais,como desmate ilegal,falta de reserva legal,supressão de APPs.No caso de carvão de eucalipto,de reflorestamento de guzeiras,ainda tem o crime de grilagem de terras publicas,falta de reserva legal ,uso da REBIO,para fraudar as reservas legais,que hoj já se encontam no terceiro andar dpois do piso natural.
    Porem TODO MUNDO SABE.Incra,MPF,PF,AGU,SPU, e ninguem faz nada.Os crimes foram criados para serem comtidos,e as autoridades,fazem cara de paisagem.

    ResponderExcluir

IMPERATRIZ: Ex-presidente da Câmara Municipal busca o sétimo mandato

José Carlos disputa uma vaga no legislativo municipal pelo PSDB Seis mandatos, quase quatro décadas de vida pública, três vezes eleito segui...