O Ministério da Justiça decidiu prorrogar por mais dois meses a presença da Força Nacional nas unidades penitenciárias da região metropolitana de São Luís. Segundo a pasta, a prorrogação atende a pedido do governo local, que enfrenta uma onda de violência dentro e fora dos presídios do Estado.
Homens da tropa federal estão na capital maranhense desde 24 de outubro, para, principalmente, tentar evitar confrontos entre facções criminosas dentro das prisões. "A tarefa é fazer a intervenção necessária e dar apoio à direção dos presídios na manutenção da rotina do sistema prisional por conta de recentes rebeliões, informou o Ministério da Justiça.
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Além de reforçar a segurança e coibir a violência dentro das prisões, a tropa federal terá a missão de ajudar o governo local a controlar eventuais retaliações dos detentos.
A ordem para atacar ônibus e delegacias que partiu de dentro do complexo de Pedrinhas, onde 62 presos morreram desde o ano passado e vídeo registrou cenas de violência e até decapitações, teria sido uma reação à intensificação da segurança no local, segundo fontes do governo maranhense.
A prorrogação da presença da Força Nacional no Maranhão foi publicada no "Diário Oficial" desta quarta-feira (8) e começou a ser contada a partir do 25 de dezembro. Assim, a tropa federal fica nos presídios do Estado até 23 de fevereiro de 2014.
TRANSFERÊNCIAS
Nesta quarta, ficou decidido que presos serão transferidos para presídios federais na aeronave da Polícia Federal. Diante da necessidade de separar os envolvidos com os ataques dentro e fora do presídio, serão necessários quatro dias para concluir as transferências.
Caberá à PF ceder a aeronave e a tripulação. A escolta ficará por conta do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão do Ministério da Justiça que coordena a política penitenciária. Ainda não está definido quando essa operação vai começar.
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