Propinas, apropriação de bem público, funcionários fantasmas. Fraudes em licitações, desvio de recursos e superfaturamento. Negligência e facilitação.
A corrupção e o tráfico de influência são dois dos maiores males que acometem a administração pública brasileira e são responsáveis pela fuga monstruosa de recursos públicos em todas as pastas do Poder Público.
No Maranhão a situação não é diferente. Pelo contrário. O aparelhamento do Estado e as vantagens aos apadrinhados da família que manda no estado tem quase 50 anos o transformaram num grande feudo, de cujos os desmandos, incompetências e favorecimentos lançaram sua população na grande vítima, protagonista da miséria, sem acesso à educação e saúde de qualidade, longe de desfrutar das mínimas condições de dignidade, seja no campo ou nas cidades.
O quadro é aterrorizante. Um inferno pensado e montado ao longo de décadas, para concentrar poder e riquezas. Uma teia de colaboradores que, a seu modo e em maior ou menor grau, se locupletam do dinheiro público sem nenhuma vergonha ou temeridade à Justiça e à ética dos homens.
Talvez a grande novidade das propostas lançadas pelo pré-candidato Flávio Dino (PCdoB) seja a criação imediata da Secretaria de Transparência e Combate à Corrupção, com remanejamento de cargos do Gabinete do Governador e da Casa Civil. A Secretaria irá realizar o controle interno da administração, garantir o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, apurar denúncias contra áreas do governo e fiscalizar a execução das despesas públicas, inclusive as realizadas mediante convênios. Além disso, sob a coordenação da Secretaria de Planejamento, um sistema de metas de desempenho para todas as áreas de governo. As metas serão públicas e fiscalizadas pela sociedade.
Este será um grande passo para passar o estado a limpo. É o dever de todo governante. A mais desejada das mudanças que a população maranhense merece e almeja.
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