Trabalhadores da Educação e da Saúde ocupam plenário da Câmara (Foto: blogue do ver. Carlos Hermes) |
Bem ao seu estilo centralizador e anti-democrático, o prefeito Sebastião Madeira ignorou mais uma vez as reivindicações dos servidores municipais e se recusou a receber representantes dos sindicatos da Educação e da Saúde, em paralisação de advertência há dois dias, e viajou nesta segunda-feira para São Luís, onde foi tratar de assuntos políticos com o grupo Sarney, ao qual se aliou em troca de compromissos eleitoreiros alheios aos interesses dos imperatrizenses.
Nesta terça, os profissionais da Educação e Saúde ocuparam o plenário da Câmara dos Vereadores para protestarem contra a atitude do prefeito e reivindicarem seus direitos. Receberam apoio apenas dos quatros vereadores da oposição: Carlos Hermes e Professor Marco Aurélio, ambos do PCdoB, Aurélio (PT) e Rildo Amaral (Solidariedade).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Steei), a paralisação de advertência atingiu no segundo dia 90% de adesão nas escolas.
Os trabalhadores das duas categorias pretendem transformar a paralisação em um grande movimento grevista até que sejam atendidos em suas reivindicações.
A proposta de reajuste salarial aprovada pela assembleia geral do Steei é de 13% para toda a categoria, além de vale-ticket de R$ 230 extensivo a todos os trabalhadores da educação.
Ano passado, dos 20% de reajuste pedido pela classe, apenas 6% foi autorizado pelo prefeito.
Merendeiros, auxiliares, vigias e zeladores têm uma situação ainda mais delicada. Além do baixo salário, recebem apenas R$ 84 em ticket alimentação, quase metade do que ganham os professores
Em seu blogue, o vereador Carlos Hermes diz que encaminhou um ofício à SEAMO (Secretaria Municipal e Administração e Modernização), dia 20 de março, pedindo a folha de pagamento de todos que ocupam cargos comissionados na Prefeitura, mas ainda não obteve resposta. Com a ausência de Madeira do país entre 11 a 19 de abril, o vereador acredita que é o momento para tentar chegar a um acordo. “Se o presidente da Câmara, Hamilton Miranda, assumir o governo, é hora da negociação”.
O presidente do Steei, Wilas de Moraes, afirma que um dos motivos da resistência do prefeito Madeira em conceder os reajustes é porque "o dinheiro está investido em cargos comissionados e pessoas que nem estão trabalhando na prefeitura”. O sindicalista cobra a prestação de contas e de gastos, principalmente com os contratados.
(Com Juliana Carvalho, blogue do vereador Carlos Hermes e site do Steei)
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