Para o ex-governador José Reinaldo Tavares, não há dúvidas: 2014 marca o fim da dominação política da família Sarney no Maranhão. O ex-governador visitou Imperatriz na quarta-feira, 23, para cumprir agenda política com correligionários e apoiadores e lançar sua pré-candidatura a deputado federal pelo PSB.
“Pela primeira vez na história do Maranhão, o povo vai fazer a verdadeira mudança. Não tenho dúvidas. Não há força do dinheiro, não há conchavos nem acordos que tirem essa certeza de mudança. Basta ver os atropelos do grupo dominante”, afirmou durante palestra a lideranças políticas e comunitárias de municípios da região durante encontro na sede do PCdoB de Imperatriz.
Ex-governador, ex-deputado federal, ex-ministro, ex-secretário de estado, Zé Reinaldo disputou sua última eleição em 2010 para o Senado. Em Imperatriz, uma de suas bases políticas, obteve quase 60 mil votos. Quando governador, rompeu com o grupo Sarney e apoiou Jackson Lago (PDT), eleito como o primeiro oposicionista a conquistar o Palácio dos Leões desde a metade da década de 1960.
Zé Reinaldo articula uma dobradinha com o vereador Marco Aurélio, do PCdoB, pré-candidato a deputado estadual, em Imperatriz e mais vinte municípios da região tocantina.
O ex-governador disse que, pela primeira vez, a oposição vai unida e forte para um pleito decisivo. Argumentou que “os apelos das ruas” têm conduzido a classe política a uma reflexão urgente quanto à necessidade de alternância de poder no Maranhão.
Para ele, seja qual for o candidato do grupo Sarney, a vitória de Flávio Dino, pré-candidato do PCdoB e de uma coalização de partidos oposicionistas, “é certa”.
“Flávio Dino vem sedimentando sua candidatura tem dois anos, em todas as pesquisas tem sempre acima dos 50% e só tem crescido, como mostra essa última pesquisa. Não tem como derrotá-lo. É o povo que quer essa mudança”, argumentou.
O ex-governador disse que a pré-candidatura de Edinho Lobão “é um grande balão de ensaio”. “Vão ver até aonde ele vai. Acredito que ele seja candidato ao Senado. Na verdade, ainda apostam em João Alberto [senador do PMDB e ex-governador]”, assegurou.
“Conheço eles, sei como agem, e estão desesperados. Não têm candidatos. Sarney perde no Amapá. Se Roseana era favorita ao Senado, por que resolveu ficar no cargo? Medo de perder. E o que fizeram com Luís Fernando? Explodiram com o rapaz. É o fim da oligarquia”, analisou.
Sobre a sucessão presidencial, acredita que o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, seu correligionário de PSB, corre por fora e pode surpreender. “Conheço Pernambuco, um estado altamente politizado. Lá, Eduardo tem 90% de aprovação de seu governo e o apoio de todos os adversários locais. É um jovem idealista, arrojado, ético, um democrata, não é um demagogo, assim como nosso pré-candidato aqui no Maranhão também tem essas qualidades. O PSB está com Flávio no Maranhão. Seria sensacional uma vitória dos dois, e isso é fato concreto, pode acontecer sim, quanto ao Flávio não tenho dúvidas de seu êxito nas urnas”, finalizou. (Carlos Gaby)
*Publicado originalmente em O Progresso
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