O vereador Professor Marco Aurélio (PCdoB) defendeu na tribuna da Câmara a necessidade de todas as forças políticas, jurídicas e institucionais se unirem para reverterem a situação da perda de um recurso no valor de R$ 10.289.847,44, pagos como forma de compensação ambiental pela Suzano Papel e Celulose e que poderiam ser investidos na criação de uma área de proteção ambiental.
Marco Aurélio lamentou que o montante tenha sido destinado ao Parque Estadual do Mirador, que fica a uma distância em linha reta de mais de 300 quilômetros de Imperatriz, e portanto não sofreu os impactos ambientais oriundos do empreendimento. “A lei prevê que a unidade de conservação visa um ressarcimento diretamente à sociedade atingida pelos impactos irreversíveis causados pelos grandes projetos. Imperatriz não pode, em hipótese alguma, receber os impactos e perder os recursos que devem ser investidos aqui, pois aqui estão as consequências”, declara o vereador.
A determinação da destinação do recurso foi definida pela Câmara Estadual de Compensação Ambiental-CECA e fere a Lei Federal 9985/2000. Em reunião ainda nesta semana com o Promotor do Meio Ambiente, Jadilson Cerqueira, o vereador Marco Aurélio avaliou a maneira de todas as forças institucionais e cidadãs para que consigam reverter para Imperatriz o montante já pago pela Suzano, haja vista que o valor encontra-se depositado em um fundo.
O vereador solicitou à mesa diretora da Câmara de Vereadores que convoque a atual secretária Estadual de Meio Ambiente, Genilde Campagnaro, para dar explicações em audiência pública sobre a decisão de destinar um recurso que deveria ser investido em Imperatriz para uma região que não sofreu com os impactos ambientais da unidade aqui instalada.
“A luta agora é para dar publicidade ao fato e juntar parceiros nessa causa e conseguir que esse recurso seja investido em Imperatriz na criação de uma área de proteção ambiental, como diz a lei”, finaliza Marco Aurélio.
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