Corte na Aged atinge maiores agências do interior; fiscais temem volta da febre aftosa no MA


O corte de 40% nos cargos terceirizados da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), anunciado no último dia 11 pelo Governo do Estado, surpreendeu funcionários dos três maiores escritórios da agência no interior: Imperatriz, Açailândia e Balsas.


Os três escritórios prestam assistência técnica e fiscalizam o maior rebanho bovino do estado. Só a agência regional de Imperatriz, cobre 14 municípios. Com a regional de Açailândia,  cobrem um rebanho de cerca de 2 milhões e 400 mil cabeças – o rebanho bovino maranhense é de cerca de 7 milhões  e 500 mil cabeças.



A maioria dos terceirizados era do Instituto Agropecuário do Maranhão (Inagro).



Em seu site, o Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (Sinfa) diz que é a favor do fim da terceirização no órgão, mas adverte sobre a necessidade de realização de concurso público para preenchimento de 170 vagas.


O Sintaf também teme que o corte resulte no fechamento de postos do órgão no interior do estado e comprometa o programa de controle e erradicação da febre aftosa, e ainda “o desfalque na fiscalização do transporte animal, fragilização dos postos de fronteira e uma série de outras ameaças ao status de zona livre de aftosa com vacinação conquistado pelo Maranhão em 2014”.



Hoje, o Maranhão recebe a classificação do Ministério da Agricultura de “médio livre com vacinação” (o único estado da federação que não vacina é Santa Catarina), classificação alcançada após anos de trabalho duro da agência e que abriu as fronteiras do estado para exportação do gado maranhense. 

Arrecadação -  A Aged, segundo fiscais, é o segundo órgão que mais arrecada para os cofres do estado - só perde para a Secretaria de Fazenda, obviamente. Só os leilões de Estreito, na fronteira com Tocantins, vendem por semana 2 mil bezerros para fora do estado.     

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