Governador Flávio Dino e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, acompanham mobilização contra o Aedes aegypti |
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da
Saúde (SES), tem tomado providências urgentes no sentido de desenvolver ações
junto aos 217 municípios do Estado para conter o avanço da Dengue, Zika vírus e
Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Além das ações de campanhas que estão sendo reforçadas desde
o ano passado e aderidas em parceria com o Ministério da Saúde (MS), foi
lançado neste sábado (13), pelo governador Flávio Dino, durante a cerimônia
local da ‘Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti’, o ‘Plano de
Contingência para Enfretamento de Epidemia de Dengue, Zika vírus e Chikungunya
no Maranhão’. A medida tem o objetivo dar uma resposta rápida às situações
graves de saúde pública relacionadas a essas doenças. Para tanto, haverá
imediata aquisição de insumos e contratação de serviços e recursos humanos para
desenvolver adequadamente as ações de Vigilância Epidemiológica de Prevenção e
Controle do mosquito vetor.
Os índices de infestação predial por Aedes aegypti
demonstrados nos resultados do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti
(LIRAa) dos meses de outubro e novembro de 2015, mostraram muitas áreas de alto
e médio risco em alguns municípios do Estado. Para conter e eliminar esses
focos, serão reforçadas as supervisões e o monitoramento do trabalho de campo
em todas as cidades maranhenses consideradas de risco pelo LIRAa.
Considerando não se tratar do enfrentamento de uma epidemia
de rápida solução, o Plano de Contingência é um instrumento de planejamento das
ações para qualificar os serviços, prevenir e enfrentar os quadros de
epidemias. As ações serão desenvolvidas ininterruptamente levando em
consideração a estruturação do nível estadual e regional.
Plano de Contingência
O Governo do Estado, por meio da SES, trabalhará nos anos de
2016 e 2017 com educação permanente voltada para a integração dos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e Agente de Combate de Endemias (ACE) no controle
vetorial, no sentido de conter os surtos e reduzir a infestação por Aedes
aegypti em áreas que estejam em alerta e alto risco de acordo com as pesquisas
de campo do LIRAa e dos casos notificados.
Para o cumprimento do plano emergencial, serão investidos
recursos no valor de R$ 6.961.308,50 (seis milhões novecentos e sessenta e um
mil trezentos e oito reais e cinquenta centavos) para o atendimento de todas as
demandas.
Será disponibilizado suporte técnico para a valorização dos
profissionais de campo por meio da aquisição de equipamentos de proteção
individual (EPIs); aquisição de kit’s para instrumentalizar e qualificar as
atividades de campo para o controle das larvas do Aedes aegypti; contratação
temporária de recursos humanos para atividades de campo (Controle Vetorial e
LIRAa) nas regionais de saúde; e o reforço de mais 25 veículos nos serviços de
aplicação de inseticida Ultra Baixo Volume (UBV), ampliando o número de
veículos para 50 equipados com as máquinas UBV para uso no controle do mosquito
adulto.
Também será realizada a contratação temporária de
profissionais para a formação da Brigada Anti-Dengue/Chik/Zika para atender as
novas demandas decorrentes das ações de controle vetorial, como o fornecimento
de repelentes para as mulheres grávidas, dentre outras.
A eficácia do plano se dará por vários esforços conjuntos
para a intensificação do controle vetorial nos 217 municípios, a exemplo do
eixo da capacitação permanente, que será iniciado pela integração e articulação
das atividades de campo pelos 15.800 ACS e dos 2.313 ACE.
A capacitação dos profissionais da atenção primária, média e
alta complexidade em saúde, garantirão as orientações e assistência médica aos
pacientes com suspeita de uma das doenças em diversos pontos de atenção, desde
as unidades de atenção primária até a assistência médica especializada (média e
alta complexidade) dos pacientes com quadros graves de Dengue, Chikungunya
(fases sub-agudas e crônicas) e Zika vírus (Guillain-Barré e Microcefalia).
No Maranhão o quantitativo de prédios cadastrados para as
atividades de campo correspondem a dois milhões e duzentos mil imóveis, de
acordo com a Portaria do Ministério da Saúde Nº 1.025, de 21 de julho de 2015.
O número de ACE’s a serem contemplados será de 1.956 agentes, ou seja, 1 ACE
para cada 1.000 imóveis por ciclo, levando-se em consideração as diretrizes
nacionais para prevenção e controle de epidemias de Dengue do MS.
Além disso, serão intensificadas as estruturas dos serviços
de limpeza urbana no recolhimento dos resíduos sólidos de natureza doméstica e
dos terrenos baldios com o apoio das secretarias de infraestrutura e limpeza
urbanas municipais.
Agravos combatidos
Dengue
A Dengue é uma doença febril, causada por quatro tipos de
vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, e se tornou um desafio para a saúde
pública no país. No Maranhão, os casos acontecem de forma endêmica, com surtos
cíclicos a cada 2 a 3 anos.
Chikungunya
A infecção pelo vírus Chikungunya provoca febre alta, dor de
cabeça, dores articulares e dores musculares. Não existe tratamento específico
nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus, sendo
recomendado o tratamento sintomático.
Zika Vírus
A partir de 2014 em alguns municípios maranhenses, muitas
pessoas apresentaram quadros virais com febre, mialgia, artralgia, exantemas e
prurido, a exemplo de Caxias, Codó e Barra do Corda, enquanto em março de 2015
os casos também começaram a surgir na capital. Esse quadro viral atingiu
milhares de pessoas e foi definido nacionalmente como infecção pelo Zika vírus.
Estudos correlacionam ainda ao Zika vírus o aumento dos casos de microcefalia
em todo o Brasil.
Foto e texto: Secretaria de Comunicação do Governo do Maranhão
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