Marajá do Sena: 67% dos moradores vivem em extrema pobreza |
Metade da
população maranhense não tem banheiro nem água encanada em casa. A triste realidade
é o retrato da miséria que coloca o Maranhão com o campeão dos piores indicadores
sociais do Brasil.
São cinco
décadas de dominação de uma única família, que mantém o poder repartido entre
os apadrinhados – grandes e pequenos coronéis da política local -, permite a corrupção
no serviço público, aparelha o estado em nome da perpetuação nas esferas do poder,
enriquece cada vez mais rápido e se associa aos grandes e médios
empreendimentos em vários setores da economia maranhense.
Resultado:
miséria, atraso, mortes, sofrimento. Como em Marajá do Sena, o pequeno município
de 8 mil habitantes, destaque no noticiário nacional recentemente por ser o
município com o maior percentual de pessoas vivendo na extrema miséria (67% da
população). Dois em cada três moradores do lugar vivem na miséria.
“Precisamos
garantir o mínimo do mínimo para esses irmãos maranhenses. Nosso estado é rico,
o atraso e a miséria não podem ser a nossa marca. Queremos um Maranhão para
todas as famílias maranhenses e não apenas para uma”, diz o candidato da
oposição ao governo do estado, Flávio Dino, líder nas pesquisas.
Seu
adversário, Edinho Lobão, filho do ex-governador Edison Lobão, é fruto da política
coronelista comandada pela família Sarney. Conservador, rico, herdeiro de
vários empreendimentos no Estado e de um grupo de comunicação, aparece como a
tábua de salvação do modelo ultrapassado da mais antiga oligarquia do Brasil. O
pai é pupilo de José Sarney e o obedece cegamente.
“O mínimo do
mínimo”, segundo Flávio Dino, é garantir, por exemplo, entre as necessidades básicas
da maior parte dos maranhenses, garantir acesso a água tratada.
“Em pleno
século 21, em meio à revolução tecnológica, é estarrecedor saber que pessoas
não têm água encanada nem banheiro em casa”, afirma indignado.
Entre as
propostas do candidato oposicionista, que lidera uma coalização de nove
partidos, está o Programa Água para Todos. O objetivo é garantir água encanada
e tratada e banheiro na casa de todos os maranhenses.
E como
fazer? Flávio Dino responde: “Nos municípios que não são atendidos pela Caema [a companhia estatal de água], serão
feitos convênios com o governo do estado”.
Outra medida,
segundo Flávio Dino, é implementar as ações previstas no Decreto 7.535/2011,
que criou o Programa Água para Todos, do governo federal.
“Os problemas
são grande, mas soluções são políticas. Basta ter coragem, vontade e
honestidade com nosso povo para construir a base da transformação”, argumenta o
candidato.
“Nosso
primeiro passo para implantar uma política moderna e transformadora é mudar o
governo e o jeito de governar. Uma mudança não só de nomes, de partidos, de grupos,
mas sim de postura e de conduta. Queremos e vamos inaugurar uma nova política no
Estado, baseada no diálogo e no respeito às pessoas”, acrescenta.
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