Empresários
de Imperatriz, apoiados pela Associação Comercial e Industrial (ACII) e pelo
Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon), podem liderar
uma grande manifestação e interditar a estrada da Suzano Papel e Celulose caso
a empresa não se comprometa definitivamente em honrar seus débitos com empresas
locais.
O “calote”,
na definição de um empresário da construção civil, chega a R$ 30 milhões. Os
credores são fornecedores e prestadores de serviços das áreas de transporte,
construção civil, metalurgia, alimentação e hospitais.
Em matéria
veiculada em O Progresso (edição de
terça-feira, 12 de agosto), distribuída pela assessoria da ACII, o presidente
do Sinduscon, João Neto Franco, diz que a situação é preocupante: “Já
realizamos várias reuniões e até o momento não tivemos uma resposta concreta”,
afirmou. Segundo ele, “a situação está insustentável, com empresas falindo
devido às dívidas que se arrastam”.
A última
reunião (a terceira entre as partes) aconteceu em 2 de julho. Representantes da
Suzano, após receberem levantamento prévio das dívidas, informaram que a
empresa vai se “empenhar em uma solução junto a cada credor” a partir de amanhã,
15 de agosto.
“A empresa
afirmou também que irá intermediar as negociações com as empresas terceiradas
que participaram da construção da sua indústria em Imperatriz. A comissão de
empresários, porém, se mostrou insatisfeita com as respostas dadas na reunião,
alegando já terem participado de outros encontros e que não houve uma definição
concreta para a questão”, relata trecho da matéria.
Algumas
dessas terceirizadas levantaram acampamento de Imperatriz sem dar satisfação
alguma aos seus credores. Caso da Centroprojekt, que pediu recuperação judicial
no Brasil (concordata), mas opera com saúde financeira em alguns países da
Europa.
Nova reunião
está marcada para esta segunda-feira, 18, a partir das 14h na ACII.
“Queremos a
reunião com a cúpula da empresa, como nos prometeram. E queremos uma solução
definitiva. Não aceitamos mais protelações nem conversa mole”, diz irritado um
empresário.
“Como outras
categorias já fizeram, também podemos paralisar a indústria da Suzano, caso a
situação não seja encarada pela empresa com a seriedade que ela requer”,
emenda.
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