Em julho, mês de recesso parlamentar, os deputados pediram reembolso de R$ 3 milhões à Câmara por conta de despesas decorrentes do exercício de seus mandatos, mostra um levantamento do UOL Notícias. O mais gastador no período foi Waldir Maranhão (PP-MA), com R$ 46.498,19 em pedidos de reembolso até 1º de agosto – os parlamentares têm até três meses para solicitar isso, o que pode significar ainda mais custos.
Em um mês cheio de dias vazios no plenário, Maranhão pediu reembolso de quase um terço do valor solicitado entre o início da legislatura, em fevereiro, e junho pelo deputado Cleber Verde (PRB-MA) – o mais gastador de todo o primeiro semestre, com mais de R$ 166 mil. Nesse período, antes do recesso, o deputado do PP tinha gastado pelo menos R$ 88,4 mil em cota parlamentar, segundo dados disponíveis no site da Câmara até 1º de agosto.
Os gastos de Maranhão em julho se concentraram em dois itens: R$ 25 mil em um trabalho de consultoria e outros R$ 20.300 em divulgação do mandato. Procurado nos últimos dias pelo UOL Notícias, o deputado do PP não foi encontrado para fazer comentários sobre seus gastos. Logo atrás dele no pódio da cota parlamentar no recesso estão Silas Câmara (PSC-AM) e Roberto Balestra (PP-GO). Eles gastaram, respectivamente, R$ 46.487,31 e R$ 38.329,34.
O que é a cota parlamentar?
Os gastos passíveis de reembolso, a chamada cota parlamentar, incluem passagens aéreas, telefonia, cota postal, escritório de apoio, assinatura de publicações, locação de meios de transporte, hospedagem, combustíveis, segurança pessoal, serviços de consultoria, publicidade e alimentação.
O valor máximo mensal da cota varia para cada Unidade da Federação (UF), de R$ 23 mil (para deputados do Distrito Federal) a R$ 34 mil (para deputados de Roraima).
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