Governo do MA recua em nota sobre greve dos militares

A Secretaria de Comunicação do Governo do Maranhão (Secom/MA) enviou e-mail na noite de segunda (recebi às 20h58) a editores e contatos que recebem os releases do governo estadual, pedindo para desconsiderarem nota oficial divulgada no início da noite (recebi às 19h20), sobre a greve de policiais militares e bombeiros.

Na nota, o Governo do Estado pede apoio da população e diz que a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça.

Na nota, o governo diz ainda que o movimento conta com “a participação de pessoas estranhas à tropa, inclusive oriundas de outros estados”, e que “requisitou à presidente da República, Dilma Roussef, na forma da lei, a presença da Força Nacional e das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - para se somarem aos nossos PMs que permaneceram no cumprimento do dever na proteção do povo maranhense. Da presidente, o Maranhão recebeu total solidariedade e pronto atendimento”.

O Governo diz também que “não é insensível às reivindicações do funcionalismo civil e militar”, e apresenta “atendimento de antigas demandas dos militares”.

Na nota, o Governo “faz um apelo a todos os que estão envolvidos” na greve, para que “retornem aos quartéis e cumpram com o seu dever constitucional de dar segurança à população, combater o crime e o banditismo”.

Estranhamente a Secom/MA solicitou o cancelamento da nota, sem explicar os motivos. O que aconteceu? Falta de comunicação com o Palácio dos Leões?

Enquanto isso, a greve se fortalece e ganha adesão de entidades da sociedade civil organizada, assim como aumenta a mobilização e pressão popular contra Roseana Sarney, que enfrenta a pior crise política e administrativa em seus mandatos como governadora.

Até onde a situação vai chegar? Não há, no momento, condições adequadas para a uma negociação justa e racional, já que o Governo do Estado diz que só volta à mesa das conversações com o fim da greve; por seu lado, o movimento grevista se mantém irredutível em suas reivindicações e não dá sinais de enfraquecimento.

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