Policiais Civis do Maranhão vão decidir na segunda-feira (28), em assembleia, se entram ou não em greve. Se optarem pela paralisação, a situação da segurança pública do Estado pode se agravar.
Policiais militares, bombeiros e delegados da Polícia Civil do Estado já estão parados desde a semana passada. A governadora Roseana Sarney (PMDB) pediu ajuda da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o policiamento das ruas.
Segundo balanço do próprio governo do Maranhão, metade dos PMs do Estado e 15% dos bombeiros estão parados.
Desde quinta-feira (24), quando iniciaram a greve, PMs e bombeiros estão acampados na Assembleia Legislativa e dizem que só sairão do local depois que o governo apresentar uma proposta de reajuste. Eles reivindicam aumento de 30%. O governo diz que não negocia com grevistas.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Heleudo Moreira, disse que os policiais civis estão solidários à greve dos policiais militares, mas têm sua própria reivindicação.
Eles querem que o governo cumpra o acordo feito em abril passado, quando paralisaram as atividades. Segundo Moreira, não foi criada uma comissão para discutir mudanças no plano de cargos e salários dos policiais, apesar de o governo ter incorporada as horas extras ao salário --o que representa um aumento salarial de 10% aos policiais da ativa.
"Todos os prazos pactuados entre o governo do Estado e as categorias da segurança pública foram desrespeitados", disse o delegado Jefferson Portela, diretor da Adepol-MA.
O delegado disse que foi acordado em setembro, após 109 dias de greve, que o governo enviaria para a Assembleia uma proposta que reconhece o cargo de delegado de polícia como carreira jurídica, o que não ocorreu.
Segundo Portela, desde o início da semana passada apenas metade dos delegados estão trabalhando.
O governo do Estado disse que até o final do ano encaminhará ao Legislativo uma proposta de plano de carreira e realinhamento salarial dos servidores, que inclui as polícias Civil e Militar e os bombeiros.
Sobre a reivindicação dos delegados, informou que a proposta foi enviada para a Assembleia, mas devido a um erro voltou para a Procuradoria do Estado, que deve reenviá-la.
Folha.com
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