Pastor denuncia 'fake news' contra Lula em Açailândia


O pastor Paulo Marcelo Schallenberg, de São Paulo, líder da Assembleia de Deus do Ministério de Belém, denominação pentecostal, publicou em sua conta no Twwiter, onde tem mais de 74 mil seguidores, fotos e denúncia de distribuição de panfleto na porta de um templo em Açailândia com notícias falsas contra o presidenciável Lula, em caso de vitória do petista, como fechamento de igrejas, liberação de drogas e legalização do aborto. O ato teria acontecido neste último domingo, 09.

O pastor é um elo entre Lula e o eleitorado evengélico e tem investido contra o extremismo político dentro das denominações evangélicas. Ao contrário do senso comum de que os evengélicos estão fechados com Bolsonaro, ele defende a tese de que há mais diversidade entre as igrejas, incluindo aqueles dispostos a votar no ex-presidente Lula (como aconteceu no primeiro turno, e agora no segundo).

"Esse é o nível do PROJETO DE PODER DOS PASTORES BOLSONARISTAs, hoje na porta das igrejas no Maranhão- Açailândia estavam distribuindo isso, precisamos ajudar as igrejas e o povo que está sendo bombardeado de MENTIRAS E FAKE NEWS", escreveu o pastor, 47 anos, natural de Cascavel (PR).

Religião e bolsonarismo

Em entrevista ao Correio Braziliense em fevereiro deste ano, pastor Paulo Marcelo declarou que "(..) o povo da igreja nunca foi manipulado da forma que foi. Antes, era apenas orientado à urna". Segundo ele, antes os pastores ensinavam que a política "era do diabo" e, por isso, os fiéis não se envolviam.

Em 2014, o voto evangélico quase levou Marina Silva ao segundo turno e, então, a chave virou. "Se antes política era do diabo, agora é: 'Se não tivermos um representante, nós seremos governados pelo diabo'. A igreja começou a querer esse poder para si e, daí, nasceu o bolsonarismo", argumentou.

Discurso de ódio

Diz trecho da reportagem: 'Para o pastor, desmistificar e retirar a influência de Bolsonaro das igrejas é uma luta contra o discurso de ódio. Nessa missão, segundo ele, está Lula, que caminha para o centro e, lá, estão os eleitores com uma Bíblia'.

Pastor Paulo Marcelo e o ex-presidente Lula: luta contra o bolsonarismo radical 

Conforme o pastor, ser evangélico nunca foi perseguir pessoas que pensam ou vivem de forma diferente daquilo que é pregado. "A igreja era perseguida e, agora, persegue. Tornou-se massa de manobra e uma milícia digital", criticou.

A afirmação aponta a influência de grupos de WhatsApp e Telegram dentro dessas instituições, onde os fiéis se informam e interagem. "Se o homem de Deus (pastores, bispos, cooperadores) estão dizendo para mim que aquilo não é bom, eu não buscarei informação. Se vem no WhatsApp do meu grupo da igreja, por que pegar um livro ou acessar o Google? Para que ler um jornal?", enfatizou.

NE: Com informações do Correio Braziliense

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