No primeiro dia de campanha autorizada pela Justiça Eleitoral, a frente que defende a criação do Estado de Tapajós a partir da divisão do Pará anunciou que irá recolher todo o material gráfico já produzido e impresso para se adequar à legislação.
O tesoureiro da frente, Edivaldo da Silva Bernardo, afirmou que o setor jurídico percebeu que não poderia adotar a mesma campanha do grupo favorável à criação do Estado de Carajás, como havia sido planejado.
Consultado ontem à noite pela Folha, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará disse que as frentes podem desenvolver campanhas juntas, desde que ambas se identifiquem na propaganda. A parceria funciona como se fosse uma coligação de partidos, segundo o tribunal.
Em dezembro, os eleitores do Pará vão votar em um plebiscito para decidir se aceitam ou não a criação dos dois novos Estados.
Até o jingle criado pelo marqueteiro Duda Mendonça, cuja letra pede o sim aos dois Estados, terá de ser reformulado, segundo Bernardo. Ele presidia o Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós até a criação da frente, registrada anteontem.
Com o marketing prejudicado, serão perdidos cartazes, panfletos e adesivos, diz o tesoureiro da frente pró-Tapajós. Segundo ele, a reformulação atrasará a campanha em uma semana.
Quatro frentes foram previstas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) --uma separatista e uma contrária para cada hipotético Estado.
Na prática, as frentes favoráveis à separação resolveram atuar integradas, assim como os grupos contrários.
Resolução do TSE diz que as frentes serão autônomas, não podendo haver arrecadação, repasse e realização de despesas conjuntas ou em benefício de outra frente.
Segundo Bernardo, as frentes pró-Tapajós e pró-Carajás definiram anteontem que vão redesenhar a campanha.
O plebiscito é apenas consultivo. Mesmo que o sim ganhe, a divisão terá de ser aprovada pelo Congresso.
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