Márcio Jerry defende mais recursos para a Saúde e revisão da tabela do SUS

Márcio Jerry em atuação na Câmara dos Deputados – (Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara)

O deputado federal maranhense Márcio Jerry (PCdoB), candidato à reeleição, defendeu o aumento dos repasses para a Saúde sem limitações impostas pelo teto de gastos para o setor e a revisão periódica da tabela do SUS, cuja defasagem dos valores repassados aos prestadores de serviços "tem impactado negativamente no atendimento à população". As declarações foram feitas durante entrevista à Rádio Câmara, veiculada nesta terça-feira (13).

Explicando a combinação de implantação planejada de policlínicas e hospitais macroreegionais no Maranhão, Márcio Jerry citou a importância de promover investimentos para tornar a saúde pública eficaz. O parlamentar declarou apoio a uma proposta que deverá ser votada em breve por parlamentares, determinando a revisão periódica, a cada mês de dezembro, da tabela de remuneração dos serviços prestados ao SUS.

Para o congressista, a principal justificativa para a aprovação é a constatação de uma grande defasagem nos valores repassados às entidades que prestam serviços. Segundo ele, o descompasso nos valores direcionados ao sistema têm impactado negativamente o atendimento à população brasileira, o que ficou mais claro durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus.

“O SUS é a porta de entrada da saúde para milhares de brasileiros. À medida que você tem uma defasagem de recursos para as atividades do SUS, isso acarreta a estagnação quando é preciso de ampliação e afeta a própria qualidade dos serviços prestados. Então é fundamental buscarmos reparar esse subfinanciamento que vem sendo ocasionado há anos”, declarou.

Defesa da Saúde e do SUS

Como líder do Colegiado no Congresso, Jerry ainda defendeu o reforço da atenção primária à população, além do fortalecimento das unidades básicas, urgências e emergências do país, e destacou a importância de ter hospitais de alta complexidade. Ele também defendeu a garantia de orçamento público para a saúde sem limitações imposta pelo teto de gastos para o setor.

Segundo especialistas presentes em audiência pública realizada pela Câmara, a última revisão completa nos valores da tabela, que prevê perto de 4.600 procedimentos médicos, aconteceu em 1996. Para Márcio Jerry, o congelamento dos valores repassados pelo poder público a entidades como as santas casas e hospitais filantrópicos vai reduzindo progressivamente o alcance das ações de saúde, e o parlamentar lembra ainda que quase 42% das internações de média e alta complexidade no SUS são realizadas por essas entidades. 


 

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