Assis Ramos no centro do ringue


O prefeito Assis Ramos pós-eleição é o estrategista que pretende preencher o vácuo eleitoral dos tradicionais candidatos Sebastião Madeira e Ildon Marques e liderar um novo grupo político na cidade, cujo teste imediato é a campanha municipal de 2020.
 

Nem as urnas esfriaram, o prefeito tratou logo de encerrar o matrimônio político com a família Sarney e o MDB. Segue o manual do "gesto se paga com gesto". Para ele, o apoio a Roseana na disputa estadual liquidou a promissória eleitoral.
 

Passo seguinte foi mexer no secretariado e estreitar as conversas com a classe dirigente local, adotando agora sim uma postura mais política.
 

Tem ao seu lado nomes que emergiram fortes do pleito proporcional, como o médico Daniel Fiim e o empresário Josivaldo JP - este agora seu secretário de Indústria e Comércio -, o quarto e quinto colocados na cidade para deputado federal. E Mariana Carvalho, que deve assumir a Secretaria da Mulher, quinta melhor votação para deputado estadual.
 

Assis Ramos quer se contrapor com chances reais ao grupo do governador Flávio Dino, formado por quadros como Professor Marco Aurélio, reeleito deputado estadual com 25 mil votos só em Imperatriz, vereador Rildo Amaral, eleito para a Assembleia com a segunda melhor votação na cidade, o secretário estadual de Infraestrutura, Clayton Noleto (capitão do time dinista) e o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, que tem ótima avaliação popular na presidência do parlamento imperatrizense e cresce na preferência dos apoios espontâneos em vários segmentos. Não esquecendo, claro, do ex-prefeito Ildon Marques, que mesmo não eleito deputado federal cravou mais de 25 mil votos aqui na terrinha, tendo sido um dos candidatos declarados do governador.
 

Aqui uma observação. Crê em mula sem cabeça quem aposta que o ex-prefeito Madeira está sepultado definitivamente. Com o grupo destroçado, reduzido, alvo de críticas e lamúrias de abandono, o tucano é um obstinado e vai tentar se reerguer com o patrimônio administrativo que lhe rendeu a inédita reeleição para o cargo. Evidente que suas adversidades são colossais, sendo duas delas gigantes de pedra: o partido não ajuda e está isolado pela classe política. Um drama, um fantasma maior ainda quando se contabiliza os pífios 15 mil votos obtidos na cidade que governou por duas vezes. 
 

A disputa será eletrizante e Assis Ramos, que não é mais o novo, quer entrar na lista dos comandantes.

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