A mamata das construtoras

Construtoras são um mal necessário. Fontes de corrupção, patrocinadoras de campanhas eleitorais, têm obtido as bênçãos do Poder Público (Município e Estado) em contratos milionários para execuções de obras, que, maioria das vezes, são mal feitas, nunca entregues nos prazos previstos, e ainda “inchada$” com aditivos para molhar a mão de pequenos e grandes na cadeia da mamata com o dinheiro do contribuinte.  

Veja está pérola, distribuída pela Secretaria de Comunicação do Governo do Maranhão:

“Para beneficiar as construtoras, o Estado [do Maranhão ]instituiu uma tributação simplificada, de apenas 3% de recolhimento de diferença de ICMS nas aquisições interestaduais de mercadorias ou bens.

Segundo informações da Sefaz [Secretaria de Fazenda do Maranhão], as construtoras têm ingressado com ação judicial para suspensão do pagamento da diferença de alíquota, alegando não serem contribuintes do ICMS, mas ao mesmo tempo querem usufruir da condição de cadastrada na Sefaz, o que lhes permite adquirir mercadoria lá fora com alíquota interestadual (7 ou 12%), quando deveriam recolher a alíquota de não contribuinte (17% ou 18%)”.

O “monstro” atua aqui em Imperatriz, com tentáculos na medula do poder municipal. É de arrepiar!

Deputado evangélico diz que africanos são amaldiçoados

eva
Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo 


O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nessa quarta-feira (30), em sua página no Twitter, que os africanos são descendentes de um “ancestral amaldiçoado por Noé” e que sobre a África repousa maldições como o paganismo, misérias, doenças e a fome.

“Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”, diz a mensagem postada no perfil do deputado --após a reportagem contatar assessoria de Feliciano, a mensagem foi apagada.

Na sequência, Feliciano, que é pastor evangélico e empresário, afirma: “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”

Antes, o pastor evangélico disse que a maldição sobre a África supostamente provém do "1º ato de homossexualismo da história". "Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos", afirmou também.

Em entrevista por telefone, Feliciano disse que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação. O parlamentar afirmou também que não considera as mensagens racistas. "Não foi racista. É uma questão teológica", disse. "O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África", acrescentou.

Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou ser racista também no Twitter. "Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e também europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não seus desalmados", disse Feliciano.

Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos, e diz ter 30 mil seguidores no Twitter. "Sou afrodescendente, meu nariz é largo, meu cabelo é crespo. Tenho apoio do líder do movimento dos negros, pastor Albert Silva, de São Paulo", defendeu-se.

No perfil do deputado no Twitter, há também várias mensagens direcionadas a homossexuais.  O deputado afirma que vários internautas da comunidade gay o perseguem e convoca os “cristãos” a despejarem mensagens nas páginas de seus críticos. Em seguida, o parlamentar listou uma série de usuários do Twitter que supostamente o atacam.

Grande imprensa ignora prisão de Curió

Curió, o Carrasco do Araguaia
A cobertura e repercussão da morte de José Alencar, o futebol e o noticiário internacional (sobretudo as escaramuças na Líbia), jogaram pra detrás das cortinas a prisão do Carrasco do Araguaia, o oficial de reserva Sebastião “Curió” Rodrigues de Moura.

Não fosse um pequeno texto distribuído pela Agência Brasil e o destaque dado por blogues e veículos da mídia regional (Pará, Tocantins e Maranhão) o assunto tinha passado batido.

“Curió”, um dos militares responsáveis pela repressão à Guerrilha do Araguaia na década de 1970, foi preso na noite de quarta em Brasília durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura. A ordem foi dada pela 1ª Vara da Justiça Federal, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MP-DF).

Os mandados, segundo a Agência Brasil, são mais uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia. As buscas foram feitas pela Polícia Federal e por oficiais de Justiça nas duas residencias do major Curió.

Segundo o MP-DF, foram apreendidos documentos, um computador e uma arma de fogo sem documentação. Todo o material apreendido será encaminhado para análise.

Após a prisão, o major prestou novo depoimento à Justiça e ao MPF. Em seguida, o oficial foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Por ser militar, Curió foi encaminhado à Polícia do Exército.

Mas nem a Polícia Federal nem o Exército registraram a prisão em seus sites. Nem uma notinha.

Recentemente, Curió admitiu que pelo menos 41 militantes foram executados após serem capturados pelo Exército.

Segundo a procuradora da República Luciana Loureiro, “as buscas e apreensões são uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia”, informa o Correio Braziliense.

Ainda de acordo com o Correio, “na terça-feira, o major Curió prestou depoimento à Justiça e ao MPF, por iniciativa própria, antes de ser encaminhado para a Superintendência da PF, onde foi lavrado um auto de prisão em flagrante por porte ilegal de arma”.

Informa também o diário de Brasília que... “Ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), o major Curió chegou ao Pará na década de 1970. Há dois anos, Jarbas Silva Marques, militante que ficou preso durante 10 anos do governo militar, afirmou que os documentos que estão em posse de Curió devem desagradar a cúpula das Forças Armadas. “Parece-me que Curió rompeu o pacto de silêncio mantido por seus colegas porque ele pode estar com medo de que lhe aconteça algo”, disse Marques, na ocasião”.

O Carnaval do Lava-Jato

Grave denúncia faz o blogueiro e ex-vereador Rui Porão sobre contrato entre a Prefeitura e uma “empresa” agenciadora de banda de axé para “limpar” dinheiro público gasto no Carnaval deste ano. Gravíssimo.

Segundo Rui Porão, a “empresa” é polivalente: fornece desde “gêneros alimentícios até peças para veículos, serviços de lavagem e polimento de veículos, e restaurantes e similares, agência de publicidade, etc”, e o endereço é de um lava-jato na Praça da Cultura, além, de não estar habilitada desde 2009.
Güenta, Imperatriz!

Leia nota no blog do RUI PORÃO. 

Gripe de tucano

Madeira reclama da falta de recursos para tudo. Mas em 2010 só de repasses do Governo Federal a Prefeitura de Imperatriz recebeu exatos R$ 203.343.310,22.

Dinheiro pra que tudo que é programa. Inclusive, para uma tal ação de Prevenção, Preparação e Enfrentamento para a Pandemia de Influenza (gripe das aves), uma bagatela de  R$ 117.793,79.

Alguém aí sabe responder se esse recurso foi aplicado? Que ação com essa grana a Secretaria Municipal de Saúde realizou?
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Presidência da Republica - Controladoria Geral da União

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Maranhão - Municípios iniciados com a letra I

Selecione pela letra: Todas  A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z 
▲ Nome Convênios Total das Ações de Benefício Direto ao Cidadão Total das Outras Ações Total Geral % Total dos Municípios
Todos os Municípios11.809723.624.560,005.299.459.133,146.023.083.693,14100%
Icatu543.650.554,0022.053.080,3125.703.634,310,427%
Igarapé do Meio31.771.226,0012.951.297,7414.722.523,740,244%
Igarapé Grande361.134.958,0010.822.320,0611.957.278,060,199%
Imperatriz20212.615.060,00190.728.250,22203.343.310,223,376%
Itaipava do Grajaú291.856.070,0012.918.294,8114.774.364,810,245%
Itapecuru Mirim1106.085.336,0043.730.140,1349.815.476,130,827%
Itinga do Maranhão523.313.647,0020.705.536,0424.019.183,040,399%
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FONTE: Portal da Transparência - Recursos transferidos pela União em 2010

Transgênico contra mosquito da dengue

LUIZ GUSTAVO CRISTINO

Em busca de um novo método para a erradicação do mosquito Aedes aegypti, pesquisadores estão soltando uma versão transgênica do inseto em bairros de Juazeiro (BA). O bicho geneticamente modificado gera filhotes que não chegam à fase adulta --a Malásia colocou a mesma prática recentemente.

A iniciativa, coordenada pela bióloga Margareth Capurro, pesquisadora da USP, foi aprovada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).

Os cientistas misturam material genético de drosófilas, conhecidas popularmente como moscas-das-frutas, ao do A. aegypti.

A transformação faz com que seus filhotes produzam uma proteína que causa sua morte ainda no estágio larval ou de pupa (a fase de casulo).

Em laboratório, os embriões são produzidos pela Biofábrica Moscamed, em Juazeiro (BA), e identificados com um marcador fluorescente. Por diferença de tamanho em relação às fêmeas, os machos --que alimentam-se de néctar e sucos vegetais-- são isolados antes da fase adulta, quando serão liberados no ambiente.

Eles serão soltos em cinco bairros da cidade. Lá, concorrerão para procriarem com as fêmeas, o que, em longo prazo, deve reduzir a população local dos insetos.

A previsão é de liberação de 50 mil mosquitos por semana nesses locais, e a conclusão do estudo está prevista para 18 meses após o início do procedimento.

Os primeiros 10 mil mosquitos já foram soltos na última segunda-feira, no bairro de Itaberaba. Amanhã, serão liberados mais 8.000 no mesmo local.

RISCOS

A princípio, a liberação de espécimes do Aedes aegypti nessas regiões apresentaria dois riscos: aumento da incidência da dengue e desequilíbrio ambiental.

Ambos, diz Capurro, são praticamente nulos. "Os mosquitos machos não se alimentam de sangue, por isso não transmitem a doença, e sua única função é copular com as fêmeas", afirma.

Além disso, o A. aegypti não é nativo do Brasil e encontrou um ambiente ideal porque não possui predadores naturais por aqui.

"Os mosquitos transgênicos vivem por aproximadamente sete dias e não deixam descendentes. Para retirá-los da população de insetos do local, basta parar de abastecê-la com novos indivíduos."

Ela destaca as vantagens do procedimento. Apesar de mais caro, pode substituir inseticidas e larvicidas, reduzindo o lançamento de possíveis poluentes no ambiente.

"O que essas substâncias fazem é selecionar indivíduos resistentes, que não morrem com os produtos", aponta a bióloga.
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Publicado em 24/02/2011
http://laboratorio.folha.blog.uol.com.br

CABO DE GUERRA

PMDB usa eleição municipal para pressionar Dilma

Passou despercebida uma resolução da Executiva Nacional do PMDB na semana passada que acrescenta pitadas de tempero na disputa entre o partido e o PT por espaço no governo Dilma Rousseff.

O partido deliberou que terá candidato a prefeito em todas as cidades com mais de 200 mil eleitores, sem apoiar candidatos do PT no primeiro turno.

É claro que, para quem conhece o modus operandi peemedebista, a resolução é, por ora, apenas uma ameaça.

O objetivo é justamente este: ser um fator a mais de tensão na aliança, numa tentativa de apressar a nomeação dos indicados do partido no segundo escalão da máquina federal.

Com base na "decisão" do comando nacional, as seções estaduais do partido começaram a fazer sua parte no processo de esticar a corda com o PT.

No fim de semana, pipocaram reuniões para discutir candidaturas, algo ainda extemporâneo a um ano e meio do pleito.

"O recado é: mudem o comportamento conosco", traduz um insider das hostes peemedebistas.

Os desentendimentos entre os dois principais partidos da base de sustentação de Dilma começam a ficar evidentes para além do duelo das indicações.

A reforma política também será palco de duas visões distintas dentro da mesma aliança.

Tanto é que a maior preocupação do PT na discussão das mudanças é barrar duas das prioridades peemeebistas: o chamado "distritão" nas eleições legislativas e a janela para a mudança de partido.

Escrito por Vera Magalhães às 11h17
BLOG PRESIDENTE40

Aos "geniozinhos"

Um postizinho aos novos gênios da blogosfera aqui da Terra do Frei, que tudo sabem, comentam com autoridade e ainda carregam nas costas a missão de salvar a terrinha dos maus políticos e dos costumes execráveis. Também  aos arrogantizinhos saídos dos bancos da faculdade, que não sabem escrever nem se posicionar criticamente, mas mandam como soberanos da nova era do jornalismo internético.

Manda lá Fabiano Maisonnave.

“Sobre o problema de rimar Fukushima com Hiroshima

Durante um momento delicado como a crise nuclear de Fukushima e em meio a milhares de mortos pelo tsunami, a imprensa tem a obrigação de dimensionar o problema e orientar o seu público. Para azar dos pouco mais de 250 mil brasileiros residentes no Japão, muitos dos quais só recebem notícias em português, boa parte da cobertura televisiva foi no sentido contrário, aumentando a angústia tanto da comunidade local quanto dos familiares no Brasil.

A lista de erros e exageros é extensa, mas vou ficar em dois exemplos.

Do primeiro, fui testemunha.

Cinco dias depois do terremoto seguido de tsunami que devastou o nordeste do Japão, acompanhei um comboio com dois micro-ônibus que resgatou um grupo de brasileiros isolados na região.

Cerca de uma hora depois de sair de Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto, paramos em Fukushima. Apesar do nome em comum, fica a 60 km da usina nuclear danificada _ou seja, numa área considerada segura pelo governo japonês.

Durante a parada, um repórter do SBT aproveitou para gravar o que o jargão jornalístico chama de “passagem”. Na hora, não ouvi nada, mas chamou a atenção o fato de ele ter colocado uma máscara cirúrgica para falar diante da câmera.

Só vi depois, na internet. Pois ele afirmou que Fukushima está a apenas 30 km da usina, vive “sob o risco de um desastre nuclear” e que, por orientação do governo japonês, todos na cidade estavam usando máscaras.

Além de “aproximar” a usina para colocar a cidade dentro da área com restrições, o repórter desinformou sobre o uso da máscara. Não há nenhuma recomendação oficial sobre isso. A máscara nada tem a ver com radiação: é amplamente usada pelos japoneses nesta época do ano como proteção ao pólen da primavera e sua reação alérgica. Foi assim no ano passado e será do mesmo jeito em 2012.

Outro exemplo vem da Globo, que tem uma afiliada no Japão e, portanto, deveria ser a mais preocupada em orientar o seu público. No dia 17, depois de inflar a “fuga” de estrangeiros do país (chamou o aeroporto de Tóquio de “nações unidas pelo medo”), a reportagem do “Jornal Nacional” disse que só havia passagens para o Brasil dentro de 11 dias, “segundo agências de turismo”.

A afirmação foi desmentida no mesmo dia pelo G1, site da própria Globo, que fez jornalismo e ligou para empresas aereas: havia, sim, passagens disponíveis para o Brasil em todas as cinco companhias consultadas.

Pena que a audiência do “Jornal Nacional” é muito maior, gerando uma espécie de retroalimentação jornalística: planta o pânico num dia e depois colhe entrevistas de quem se deixou contaminar pelo exagero.

E há o mau gosto também. Ao lembrar as bombas atômicas na Segunda Guerra Mundial, um repórter da Globo, depois de falar a mesma besteira sobre as máscaras, soltou esta: “Ninguém quer rimar Fukushima com Hiroshima”. Uma falta de respeito à memória do Japão, um desserviço à comunidade brasileira e motivo de vergonha para todos nós, jornalistas”.

Fabiano Maisonnave








Alencar: da infância pobre à construção de um império

José Alencar morreu aos 79 anos em São Paulo (Divulgação)
O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu hoje depois de uma luta de mais de 10 anos contra um câncer de intestino. A persistência de Alencar resume bem sua biografia: nascido pobre, começou a trabalhar aos sete anos, saiu de casa aos 15 e chegou à vice-presidência do Brasil dono de um império no ramo têxtil.

Alencar nasceu José Alencar Gomes da Silva no dia 17 de outubro de 1931 em um povoado próximo de Muriaé, cidade a 300 quilômetros de Belo Horizonte. Décimo primeiro filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, ele foi o mais bem sucedido dos 14 irmãos.

Alencar começou a trabalhar cedo: aos 7 anos foi vendedor em uma loja do pai. Ele deu mostras de sua independência já aos 15 anos, quando decidiu deixar a família para trabalhar como balconista em uma loja de tecidos. Segundo o próprio Alencar, o dinheiro que ele ganhava era insuficiente até para alugar um quarto.

Dois anos depois, e ele se muda para Caratinga (305 quilômetros de Belo Horizonte) para trabalha como vendedor.

INDEPENDÊNCIA

O início de sua independência financeira também chegou cedo: aos 18 anos. Foi quando seu irmão mais velho, Geraldo Gomes da Silva, lhe emprestou uma quantia para que ele abrisse sua própria loja, fincada na avenida Olegário Maciel, 520, no Barro Branco, em Caratinga. "A Queimadeira" foi o nome que Alencar a batizou no dia 31 de março de 1950.

O comércio vendia um pouco de tudo: tecidos, guarda-chuvas, sapatos e chapéus. Para garantir competitividade à loja, ele comia marmita e passava as noites na própria loja. O sacrifício durou até 1953, quando ele vendeu o estabelecimento.

O segundo negócio de Alencar foi em um ramo desconhecido: venda de cereais por atacado. Ao final de 1959, ele uniu suas habilidades de vendedor e atacadista para começar a trabalhar no que melhor soube fazer: fabricar e vender tecidos.

Com a morte do irmão Geraldo naquele ano, ele assumiu a empresa de tecidos União dos Cometas. Em 1963, construiu a Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas, batizada mais tarde de Wembley Roupas S.A.

IMPÉRIO

Mas foi em 1967 que ele se juntou ao deputado Luiz de Paula Ferreira e fundou a Companhia de Tecidos Norte de Minas --a Coteminas-- em Montes Claros, cidade a 425 quilômetros de Belo Horizonte. Era o início de um império, que começou a florescer em 1975, quando foi inaugurada a mais moderna fábrica de fiação e tecidos do Brasil.

Hoje a Coteminas é dona de 11 unidades --em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina e Argentina-- que fabricam e distribuem os fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

A empresa é dona de quatro marcas: Artex, Calfat, Garcia e Santista, a mais conhecida delas. O tamanho da companhia pode ser medido com o tamanho de seus investimentos.

Para baixar custos e garantir a produtividade, a Coteminas participou com um terço dos R$ 137 milhões investidos na construção da hidrelétrica de Porto Estrela, localizada no rio Santo Antônio, leste de Minas Gerais. A usina produz energia suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 300 mil habitantes.

O sucesso empresarial de Alencar lhe rendeu influencia no meio. Ele foi presidente da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e vice-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

“Vão ter que me engolir”

O secretário de Representação Especial do Governo em Brasília, Chiquinho Escórcio assumirá uma vaga na Câmara dos Deputados a partir desta quinta-feira, dia 31, informa o portal imirante.globo.com . Ele substituirá Pedro Fernandes (PTB), que reassumirá a Secretaria das Cidades (Secid).

Corpos de irmãs serão enterrados hoje

Juliana (à esq.) e Josely Oliveira, que foram encontradas mortas em uma zona rural de Cunha (SP) na segunda-feira
DE SÃO PAULO

Os corpos das duas adolescentes encontradas mortas ontem na zona rural de Cunha (231 km de São Paulo) serão enterrados na manhã desta terça-feira. O velório acontece na igreja matriz da cidade.

Os corpos de Josely Laurentina, 16, e Juliana Vânia de Oliveira, 15, foram encontrados em um matagal. As garotas estavam desaparecidas desde quarta-feira (23), e os corpos estavam em estado de decomposição.

De acordo com exames realizados pelo IML de Guaratinguetá (187 km de SP), o corpo de Josely tem marcas de dois tiros (na cabeça e no peito) e o de Juliana, de quatro (três na cabeça e um no peito).

Os corpos também tinham sinais de violência, como cortes no pescoço. Amostras colhidas e encaminhadas para um laboratório vão confirmar se houve violência sexual contra as adolescentes.

A Polícia Civil informou ontem que já investiga um suspeito pela morte das irmãs. Segundo a delegada Sandra Maria Pinto Vergal, da Seccional de Guaratinguetá, o suspeito --que não teve o nome informado-- mudou recentemente para a cidade e teria feito comentários sobre a beleza de uma das garotas.

A delegada afirmou ainda que ele tem passagem pela polícia e é foragido, mas não informou por qual crime.

As adolescentes tinham sido vistas pela última vez quando retornavam da escola no fim da tarde de quarta. Elas chegaram a deixar a escola e seguir até a zona rural, em um ônibus, mas não foram mais vistas depois disso.

Gandhi: homossexual e xenófobo?


Gandhi: paixão por um alemão?

Uma polêmica biografia sobre o ícone pacifista e líder independentista hindu, Mahatma Gandhi, o retrata como homossexual e ressalta seus supostos comentários xenófobos, entre outros aspectos desconhecidos, informa a imprensa norte-americana.

O livro, intitulado "Great Soul: Mahatma Gandhi and his struggle with Índia" (Uma grande alma: Mahatma Gandhi e sua luta com a Índia, na tradução), foi escrito por Joseph Lelyveld, antigo editor do "The New York Times".

De acordo com alguns trechos da biografia divulgados no "The Wall Street Journal", Gandhi estava profundamente apaixonado pelo fisioterapeuta alemão Hermann Kallenbach, pelo qual deixou sua esposa em 1908.

Segundo os mesmos trechos, Gandhi escreve para Kallenbach: "Como tomaste completamente posse do meu corpo? Isto é uma verdadeira escravidão".

Além disso, explica que seu retrato "é o único que tem na estante" de seu dormitório.

O casal, no entanto, se viu obrigado a se separar em 1914 quando, após o início da Primeira Guerra Mundial, Gandhi retornou à Índia, para onde Kallenbach não pôde viajar por ser alemão.

Lelyveld cita outras cartas nas quais Gandhi faz Kallenbach prometer-lhe que não olharia "com luxúria para nenhuma mulher".

Em outra carta de 1933, o líder da independência da Índia reiterava sua lembrança de Kallenbach ao escrever: "Sempre estás em minha mente".

O livro de Lelyveld, quem ganhou o prestigioso prêmio Pulitzer de Jornalismo em 1986, também semeia dúvidas sobre o humanismo de Gandhi, ao destacar supostos comentários xenófobos e racistas durante os anos que passou na África do Sul no início do século XX.

"Podíamos entender não estar classificados como os brancos, mas situar-nos no mesmo nível que os nativos sul-africanos era demais. Kaffirs (como são chamados os nativos negros da África do Sul) são por norma incivilizados. São problemáticos, muito sujos e vivem como animais", escreve Lelyveld na biografia de Gandhi.

Além disso, Gandhi era consciente da importância de suas declarações e exigia que os jornalistas "não utilizassem as palavras que tinham saído de sua boca, se não uma versão autorizada por ele próprio após a profunda e frequente revisão das transcrições".

A obra de Lelyveld é fruto de seu trabalho como jornalista na Índia durante a década de 1960 e na África do Sul, onde trabalhou para o "The New York Times" nos anos 1980.

A biografia que, segundo o "The Wall Street Journal", não deixa de mostrar uma profunda admiração por Gandhi, é equilibrada e procura apresentar uma visão mais humana do personagem, embora seja mais provável que decepcione seus admiradores.

Agência EFE, em FOLHA.com

Marinha ordenou morte de guerrilheiros

FOLHA.com

Documentos escritos pelo Comando da Marinha revelam que havia a determinação prévia de matar os integrantes da Guerrilha do Araguaia, e não apenas derrotar o maior foco da luta armada contra a ditadura militar.

Os papéis, de setembro de 1972, relatam a preparação da Operação Papagaio, uma das principais ofensivas das Forças Armadas contra o grupo criado pelo PC do B entre Pará, Maranhão e a região norte de Goiás, que hoje é o Estado do Tocantins.

A documentação a que a Folha teve acesso faz parte do acervo da Câmara dos Deputados. Era confidencial até 2010, mas foi liberado para consulta pública.

"A FFE [Força dos Fuzileiros da Esquadra] empenhará um grupamento operativo na região entre Marabá e Araguaína para, em ação conjunta com as demais forças amigas, eliminar os terroristas que atuam naquela região", afirmam duas "diretivas de planejamento".

Uma delas é assinada por Edmundo Drummond Bittencourt, comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais. A outra foi escrita pelo contra-almirante Paulo Gonçalves Paiva. Nas duas, a ordem de "eliminar" os guerrilheiros surge no item "conceito das operações".

Os textos também dizem que seriam feitas ações para "impedir os terroristas que atuam na margem daquele rio de transporem-no para a margem leste, eliminando-os ou aprisionando-os".

A oposição entre "eliminar" e "aprisionar" confirma que o primeiro se refere à morte dos militantes, disse o historiador Jean Rodrigues Sales, autor de "A Luta Armada Contra a Ditadura Militar" (ed. Perseu Abramo).

"No episódio de repressão à militância armada, a política deliberada de assassinatos jamais foi admitida de forma oficial", disse Sales.

Segundo Criméia Schmidt de Almeida, ex-guerrilheira e estudiosa do conflito, "realmente [ainda] não havia registro disso [determinação prévia para matar]".

Relatório do Exército de 1974, quando quase todos os militantes do PC do B na região haviam sido mortos, fala na "eliminação" das "forças guerrilheiras", mas não de seus integrantes.

Para Taís Morais, coautora com Eumano Silva de "Operação Araguaia" (Geração Editorial), "militar não escreve ordem que não deve ser cumprida".

As "diretivas" corroboram relatos de testemunhas do conflito, segundo as quais, nos anos seguintes, comunistas foram mortos mesmo depois de serem presos.

Em um dos papéis a que a Folha teve acesso, a Marinha fala em oito guerrilheiros mortos "em combate" durante a Operação Papagaio --argumento que sempre foi usado pelas Forças Armadas para justificar mortes de resistentes na região.

Ainda não foi produzida uma narrativa oficial sobre a luta armada durante a ditadura --um dos objetivos da Comissão da Verdade, que o governo quer instituir.

Procurado na terça-feira, o Ministério da Defesa afirmou que, por não ter tempo de encontrar os documentos, não os comentaria.

Roubo no SUS é maior no Maranhão

Entre 2007 e 2010, período do segundo reinado de Lula, desviaram-se do Fundo Nacional de Saúde, que provê verbas ao SUS, R$ 662,2 milhões.

A cifra não vem de nenhum levantamento da oposição. Consta de relatórios de apuração feita pelo próprio Ministério da Saúde e pela CGU.

7 governadores podem cair

Hugo Bachega
Em Brasília 

Eles derrotaram adversários na eleição em outubro, mas um terceiro turno pelo cargo pode estar diante de sete governadores acusados de irregularidades na campanha de 2010 e que podem ter seus mandatos cassados.

A movimentação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolve denúncias de abuso de poder econômico e político, compra de votos e uso indevido de meios de comunicação, acusações que custaram o mandato de três governadores somente nos últimos quatro anos.

A ameaça existe mas, apesar das recentes cassações, o risco da perda de mandato é considerado mínimo por lideranças políticas ouvidas pela Reuters.

Sob suspeita, estão os governadores do Acre, Tião Viana (PT); do Amazonas, Omar Aziz (PMN); de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB); do Piauí, Wilson Martins (PSB); do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM); de Roraima, Anchieta Júnior (PSDB), e do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).

"Eu conheço a maioria dos casos e acredito que não vão prosperar", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE). "O importante é não deixar esse tipo de questionamento vivo."

A tranquilidade em relação à perda do mandato, no entanto, pode esbarrar no histórico recente do TSE.

Desde 2006, três governadores foram cassados pelo tribunal, todos acusados de abuso de poder econômico e político, entre outras irregularidades. As denúncias derrubaram os governantes de Paraíba, Maranhão e Tocantins, cassados dois anos após serem empossados.

"A cassação de três governadores é efetivamente grande no Brasil. Cria-se uma jurisprudência", disse o advogado Maurício Oliveira Campos, especialista em direito eleitoral. "Nos processos atuais, o acirramento do período eleitoral se despejou no período pós-eleitoral."

Caso as cassações se confirmem, os vices também perdem seus cargos, já que a chapa eleita é invalidada, segundo o TSE.

A lei prevê nova eleição no caso de definição em primeiro turno e a posse do segundo colocado para vitórias ocorridas em segundo turno. Se a duração dos últimos processos serve como um indicativo, os julgamentos podem levar tempo para serem concluídos.

"Não vejo iminente a perda de mandato em nenhum dos casos (atuais)", afirmou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza.

"A lei não é clara, tem muitos furos. Eu sou a favor de que, uma vez diplomado, uma vez tomado posse, só com fato novo possa se pedir a cassação, senão você fica instigando uma discussão que não faz sentido", disse o deputado.

CHORO DE PERDEDOR

A sensação de um "terceiro turno" do período eleitoral não se restringe à arena política. Especialistas veem as representações como um movimento natural dos derrotados nas urnas e adotam cautela sobre o fato de sete governadores serem acusados de crimes eleitorais.

"Tudo isso diz respeito a fatos ocorridos na campanha eleitoral. Eu não vejo nenhuma gravidade... é plenamente previsível", explicou Fernando Neves, advogado especialista em direito político e ex-ministro do TSE. "Hoje é muito normal, quem perde a eleição propõe uma ação contra quem ganha."

Dos outros processos em trâmite, quatro são de autoria de rivais derrotados, que acusam os governantes eleitos em Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins de compra de votos e abuso de poder econômico e político.

"Naturalmente existe um fator político, no sentido de desestabilizar o governo do adversário", disse o advogado Campos. "Algumas vezes é choro de perdedor."

Em Roraima, o governador Anchieta Júnior já perdeu seu mandato, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele recorreu ao TSE, que concedeu mandado de segurança suspendendo a decisão.

No Acre e no Amazonas, as ações foram iniciadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Do UOL com Reuters

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