Presidente da Câmara de Imperatriz diz que execução da vereadora Marielle é tentativa de calar as câmaras municipais

Presidente José Carlos fez duro discurso na tribuna contra as tentativas de desqualificar a vereadora assassinada Marielle Franco, do Psol do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação/Assimp)      
O presidente da Câmara de Vereadores de Imperatriz, José Carlos Soares, disse em discurso na tribuna, na sessão desta terça-feira (20), que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) do Rio de Janeiro, executada a tiros dentro de um carro na noite da última quarta-feira (14) no centro da capital fluminense foi "um crime político", "arquitetado minuciosamente" e um precedente perigoso de "tentativa de nos calar [os vereadores do Brasil]".

O presidente fez um discurso forte e incisivo e condenou as tentativas, principalmente nas redes sociais, de desqualificar a imagem e a honra da vereadora assassinada, atribuindo o fato à "ultra direita brasileira". Disse que ficou "perplexo" ao ler postagens "de alguns vereadores fazendo comentários maldosos a respeito da vereadora".
 

"Jamais um colega vereador pode se posicionar contrariamente quando alguém tenta calar a voz do poder legislativo. Ela podia ser o que ela quisesse. A sociedade foi quem a elegeu e ela era porta voz do povo do Rio de Janeiro. Nada justifica quererem intimidar os colegas vereadores. O crime tem de ser apurado. A justiça precisa agir, o sistema de segurança precisa agir", afirmou.      
 

José Carlos reiterou que o caso da vereadora Marielle "é uma tentativa de calar a voz do poder legislativo mirim no Brasil". "Se não for apurado, se não for comprovado, se não for investigado, não estão calando a voz da vereadora do Rio de Janeiro, estão querendo calar a voz dos vereadores do Brasil".
 

"Aqui nós somos os fiscais, mas estamos com medo. Confesso aos senhores que eu estou com medo de dizer aquilo que me propus a exercer nessa cidade, principalmente quando vejo uma vereadora do porte daquela vereadora do Rio de Janeiro ser assassinada e ainda encontrar alguns colegas e alguns membros da sociedade que ainda batem palmas [pelo assassinato]. eu me envergonho dessa sociedade, eu me envergonho desse 'povo'. É um absurdo querer desqualificar o vereador ou uma vereadora após a sua morte para justificar a violência ou misturar com a questão política. Nós vereadores temos que tomar providências, denunciar, ajudar, porque estão querendo calar a voz da sociedade, e a voz mais justa, e a voz melhor que a sociedade tem são as câmaras municipais", finalizou.

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