CPI DA SAÚDE A busca por duas assinaturas



A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) volta a ser a pauta principal nas articulações da bancada oposicionista ao prefeito Assis Ramos na Câmara Municipal de Imperatriz. São necessárias sete assinaturas para encaminhar o pedido de instalação à Mesa Diretora. A oposição conta com cinco e corre atrás de mais duas adesões no “bloco de insatisfeitos”.
O anúncio da estratégia de investigação direta de denúncias de má gestão e do caos que se instalou na saúde municipal foi feito pelos vereadores Bebé Taxista e Carlos Hermes. Este último sugeriu, inclusive, uma intervenção imediata na saúde.
Vereadores da oposição vêm acompanhando in loco nos últimos meses o funcionamento do Hospital Municipal (Socorrão), do Hospital Infantil, de postos de saúde e de unidades de atendimento especializado. Constataram diversas irregularidades no atendimento a pacientes; falta de leitos, de medicamentos e de insumos básicos; fila de espera para cirurgias; equipamentos quebrados; entre outras denúncias de má gestão, de insatisfação de enfermeiros e médicos.
Na manhã desta quarta-feira (08), parentes de pacientes internados no Socorrão que esperam por cirurgias protestaram em frente à porta do hospital.
Em pronunciamentos na Câmara Municipal, os oposicionistas ocuparam todo o chamado Grande Expediente para tecer duras críticas ao prefeito Assis Ramos e ao secretário de Saúde, Alair Firmiano.
“O estrangulamento de todo o sistema de saúde chegou ao limite da paciência. Não é mais possível assistir o drama de pacientes e de seus familiares. Hoje somos o canal de insatisfação da população. Ou enfrentamos duramente o problema. A primeira coisa seria a intervenção na saúde do Município. Nada funciona, não há remédios, os médicos não têm condições de trabalho, pessoas estão morrendo. É o caos. Vamos buscar a CPI para apurarmos todas as denúncias”, disse o vereador Carlos Hermes.
“Com a CPI, teremos o poder investigatório, o que vai além do nosso poder de fiscalização”, avaliou Bebé Taxista.
“Não é possível que o secretário venha a esta Casa e diga que houve aumento de investimentos na Saúde, quando a situação só piora de um ano para outro. São tantas as denúncias que não podemos mais esperar apenas as desculpas do prefeito”, reforçou o vereador Ditola.
Como é possível que o Município realize cirurgia de alta complexidade e falte o básico, como remédios, nos postos de saúde?”, questionou o vereador Adhemar Freitas Júnior.

Assinaturas

Os oposicionistas se mostram otimistas quanto à instalação da CPI. Com cinco assinaturas garantidas, esperam conseguir no mínimo mais duas para encaminhar o pedido à Mesa Diretora.
Pedro Gomes, que antes era da base aliada, anunciou que pode até assinar o pedido de instalação, desde que as denúncias a serem apresentadas se mostrem comprovadas. Para a oposição, foi uma vitória. “Quero parabenizar a coragem do vereador Pedro Gomes por essa atitude. Ele sempre se mostrou um vereador preocupado em exercer seu mandato em sintonia com o sentimento popular e agora dá essa demonstração de que está disposto a encarar essa luta. Queremos o apoio dele e vamos trabalhar para conquistá-lo”, declarou Carlos Hermes.
A estratégia é aproveitar o momento de baixa popularidade do prefeito Assis Ramos e da fragilidade de sua bancada para arrebanhar votos ao movimento.
O vereador Aurélio Gomes fez um apelo ao Ministério Público para que se junte aos vereadores oposicionistas na apuração das denúncias que estão sendo feitas pela imprensa e nas redes sociais. “Estamos diante de casos que configuram improbidade administrativa. Queremos aprofundar as investigações e comprovar as denúncias”, reforçou o vereador.     

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