88 anos de nascimento, 8 anos de sua morte - JURIVÊ DE MACEDO, JORNALISTA


Por Edmilson Sanches (*)

Jurivê de Macedo (Raimundo Jurivê Pereira de Macedo), jornalista, advogado e professor, nasceu em 16 de maio de 1930 em Porto Nacional (hoje, Estado do Tocantins; anteriormente, Goiás). Morreu em Imperatriz, em 17 de maio de 2010, com exatos 80 anos.

Com o industrial gráfico e jornalista caxiense José Matos Vieira, fundou em 03 de maio de 1970 o jornal "O Progresso", o mais antigo de Imperatriz em circulação, do qual foi o primeiro editor e de onde saiu no final de 1985.

Recebeu as duas maiores honrarias do município de Imperatriz: a Câmara Municipal concedeu-lhe o Título de Cidadão Imperatrizense e a Prefeitura concedeu-lhe, em 1995, a Comenda Frei Manoel Procópio do Coração de Maria. A Assembleia Legislativa concedeu-lhe também o Título de Cidadão Maranhense.

Fez concurso para advogado provisionado no Tribunal de Justiça do Maranhão em 1962, após o que começou a militar nas comarcas maranhenses de Porto Franco, Imperatriz e Carolina. Veio a primeira vez a Imperatriz em 15 de setembro de 1962, mesmo dia em que foi inaugurada a agência do Banco da Amazônia. Fixou residência no município em 1967.

Foi presidente local da CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), que em Imperatriz manteve o Ginásio Bernardo Sayão e o Colégio Comercial Gonçalves Dias. Foi professor de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental.

Em São Paulo (SP), morou onze anos, casou com a maranhense Leonor Mesquita Almeida Macedo e, na segunda metade da década de 1950, trabalhou poucos dias como repórter do "Mundo Esportivo", jornal que circulava semanalmente, de 1946 a 1956.

De São Paulo, chegou de avião a Tocantinópolis (TO) e atravessou o rio em um barco tipo “penta”, fixando-se em Porto Franco (MA), em 27 de maio de 1959. Foi chefe do escritório da Construtora Norte, subsidiária da Rodobrás (Comissão Especial de Construção da Rodovia Belém-Brasília), órgão do Governo Federal responsável por aquela rodovia, criado em 1958 pelo presidente da República Juscelino Kubitschek. Jurivê de Macedo foi também e secretário da Prefeitura de Porto Franco.

Jurivê iniciou em "O Progresso" sua prestigiada coluna "Comentando", depois "Comentando os Fatos", publicada até 1985. Deste ano e no ano seguinte, a coluna foi publicada no "Jornal de Imperatriz", diário fundado em 1ª de dezembro de 1985 pelo industrial gráfico José Maria Quariguasi e o jornalista Edmilson Sanches e do qual Jurivê foi primeiro editor. Em 1987, a coluna passa a ser publicada no jornal "O Estado do Maranhão" (São Luís), de cuja sucursal imperatrizense Jurivê de Macedo foi diretor e onde trabalhou até sua morte. Após sair de "O Progresso" e antes de assumir a sucursal de "O Estado", Jurivê aceitou convite para uma breve passagem no "Jornal de Negócios", fundado e dirigido por Edmilson Sanches, depois considerado pelo próprio Jurivê, em nota em sua coluna, um dos mais bem feitos jornais maranhenses.

Jurivê de Macedo foi procurador-geral do município de Imperatriz, nomeado em 1995 pelo interventor Ildon Marques de Souza; permaneceu no cargo até 2000, atravessando os mandatos de Dorian Menezes (interventor, 1996) e de Ildon Marques (prefeito, 1997-2000).

Embora avesso a homenagens e filiações a entidades, Jurivê de Macedo, a convite de Edmilson Sanches, foi um ativo membro da Academia Imperatrizense de Letras. Igualmente, foi membro da Maçonaria.

Sucedendo Edmilson Sanches, Jurivê de Macedo foi presidente da Associação de Imprensa da Região Tocantina (AIRT) na segunda metade da década de 1980. Seu nome foi dado a troféu criado pelo Poder Executivo imperatrizense, que homenageia anualmente pessoas com relevantes serviços prestados ao município.

Com a esposa, Dª Leonor (falecida em 07/08/2016, aos 80 anos), teve 12 filhos nos 57 anos de união. Até a data de falecimento de Jurivê, os filhos tinham dado a ele e à Dª Leonor 28 netos e sete bisnetos.

Jurivê criou e fortaleceu um estilo único de coluna assinada, cujos conteúdos, independentemente do assunto, eram ‘embalados’ com a redação criativa, original, bem-humorada, gostosa de ler, que não desrespeitava nem os fatos ou personagens nem o próprio ofício jornalístico. Um mestre!

 

EDMILSON SANCHES
esanches@jupiter.com.br


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Legendas:
1) Jurivê de Macedo, no 7º Salão do Livros de Imperatriz; 2) com Dª Leonor e os filhos Sandra e Sérgio Antonio Mesquita Macedo; 3) comentarista esportivo em rádio;

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