A longevidade de grandes gestos é uma arma, sobretudo contra aqueles que só conhecem seus próprios umbigos

“Ói, ói o trem, já não é o mesmo trem que você conheceu, não é mais” [...]

Por Carlos Henrique Lobato (DRT-MA RP-718)

Não se constrói uma longevidade saudável de qualquer jeito. Ainda menos se essa pretensão refere-se à vida política, onde a satisfação do eleitor convive diariamente com a crescente expectativa de mais benefícios e a incredulidade ou tendências do quarto poder.

Só para se ter uma ideia desse desafio, o jornalista Alexandre Garcia, comentarista do Bom Dia Brasil, disse em sua participação na quarta-feira, 07, que depois de um atraso de 46 anos em relação ao Japão o Brasil enfim estava abrindo licitação para empresas interessadas em implantar o trem bala no país. Fez ainda outro comparativo entre o Brasil e a Alemanha e disse que ai o atraso é ainda maior, de 50 anos em relação à produção de automóveis com câmbio automático.

O comentário ofuscou uma notícia que deveria ser ao menos comemorada por “todos” os Brasileiros. Mas os desafios para a longevidade de um político começam exatamente pela imprensa. Que em seu papel informativo, esclarecedor, imparcial, muitas vezes peca por sua incredulidade ou excesso de sensacionalismo. Ao não se dar ao trabalho de esclarecer, por exemplo, os métodos para a conquista da grande fortuna da Alemanha, por exemplo, além de poder citar seu tamanho que certamente não é continental. Sem falar que está fincada no velho continente, há quantas centenas de anos mesmo?

Vivemos em um Brasil em dias de graça. De grandes descobertas e acertadas decisões. Porque não darmos a Cesar o que é de Cesar? Ou a Lula o que é de Lula?

Será tão inóspito assim vivermos em um país administrado por alguém que emanou do das entranhas do povo? Evidentemente não é o que parece. Grandes financiamentos (BNDES) para as grandes empresas, (aí se encaixa grandes emissoras de TV, por exemplo) médios financiamentos (BB e CAIXA) para médias empresas, incentivos fiscais, agrícolas e pecuários, apoio a micro e pequenas empresas (SEBRAE) e até uma recém criada Firma Individual para aqueles que literalmente encaram o sol do dia-a-dia.

Corrijam-me se estiver errado, mas nosso atual presidente já tentava entrar com suas idéias e planos de governo há no mínimo 16 anos atrás. E quantos outros com boas idéias bem antes que Lula sequer pensasse em ser presidente não sucumbiram diante de um sistema esmagador de tentáculos enormes, capazes de alcançar e sufocar qualquer um que imaginasse um Brasil -País de Todos.

Devagar com o andor que o santo é de barro. Onde está o desafiante ao posto maior. Por onde andam suas riquezas intelectuais.

Eu sinto muito, sinto mesmo, acredito em mudanças de tempos em tempos, desde que plausíveis.

Daí me apresentarem um vice para o Serra que ninguém conhece, só pra agradar e acomodar determinada agremiação política lá de onde já foi capital e não deu certo, (deputado Índio da Costa - DEM-RJ) em detrimento de uma vice que se não fosse a ideal, seria pelo menos uma mulher de muito pulso, vitoriosa e que certamente enriqueceria bastante seu palanque. Estou falando da senadora Kátia Abreu (DEM/TO)

Se a proposta apresentada para a mudança é essa, então vou ficar aqui mesmo, esperando o trem prometido por quem já vem pilotando bem a muito tempo.

Chega de intelectuais e de seus golpes constitucionais. Quem, quando esteve no poder, inventou um segundo mandato? Será se foi o tucano FHC?

Pão pra mim, pão pra ti também. É assim que deve ser.

Longevidade e respeito para todos os que merecerem.

E viva o voto livre!

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