Um operário de 25 anos morreu há duas semanas nas obras da usina de Jirau, em Rondônia. É a quarta morte no canteiro de obras --a primeira após a revolta de trabalhadores que destruiu parte das instalações, em março.
A informação foi divulgada ontem à Folha pela Superintendência Regional do Trabalho, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego.
O relatório sobre o acidente não está concluído, mas a provável causa é que o carpinteiro maranhense Antonio de Meneses Rocha tenha tido o crânio esmagado por uma peça que caiu nas instalações do vertedouro.
Na última inspeção da superintendência, foram registradas mais de 200 infrações. A mais grave é que a construção civil e a instalação de maquinário acontecem paralelamente no vertedouro.
Relatório da Plataforma Dhesca Brasil (rede que reúne 36 entidades não governamentais) divulgado nesta semana revela que as usinas de Jirau e de Santo Antônio somam mais de mil autuações trabalhistas. Elas são construídas, no rio Madeira, por consórcios diferentes.
A Camargo Corrêa declarou, em nota, que lamenta a morte do funcionário e que prestou assistência à família.
O consórcio construtor de Santo Antônio divulgou nota informando que recorreu de todos os autos de infração recebidos e que só um é referente a jornadas de trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário