Sinônimo de vida e morte
Sem água limpa e potável o ser humano adoece e morre. As pessoas precisam de água de qualidade para cozinhar, lavar, beber, assim como precisam de saneamento básico. A maioria dos pesquisadores concorda que a ingestão de água pura é um dos mais importantes fatores para a conservação da saúde, prevenção das doenças e proteção do organismo contra o envelhecimento.
Sabendo-se que a água que ingerimos vai formar a maior parte do nosso corpo (cerca de 70%), considera-se que devemos ter o maior cuidado na escolha de qualidade da água que bebemos. Com este cuidado, estaremos prevenindo a ingestão de substâncias tóxicas ao organismo, causadoras de doenças com múltiplos sintomas e de difícil diagnóstico e tratamento.
Mundo
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, mais de 3.500 crianças morrem diariamente por consumo de água insalubre ou por falta de higiene, ao passo que 1,8 milhão de pessoas morre todo ano de doenças diarreicas, incluindo a cólera. No Brasil, a má qualidade da água ingerida é responsável por 65% das internações hospitalares.
Brasil
Segundo o Censo do IBGE realizado no ano 2000, o serviço de abastecimento de água no Brasil cobre 89% de sua população. O atendimento com rede de água varia de região para região: a parte Norte do Brasil é a que apresenta os menores índices de cobertura com rede de água (inferior a 70% da população). No entanto o restante do território brasileiro apresenta índice de cobertura superior a 80% da população, com predominância de índices acima de 90%.
Os Vilões
Transmitidas diretamente pela água: cólera, febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite. Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose, fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infeções dos olhos, ouvidos, gargantas e nariz.
Até 2000, relatórios do Banco Mundial apontavam que seria necessário investir US$ 800 bilhões em tratamento e abastecimento para enfrentar a situação de falta de saneamento básico, como uma importante ferramenta de saúde pública.
Crescimento compromete o futuro
Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior. Quase todos os três bilhões ou mais de habitantes que devem ser adicionados à população mundial no próximo meio século nascerão em países que já sofrem de escassez de água. Já nos dias de hoje, muitas pessoas nesses países não têm água para beber, satisfazer suas necessidades higiênicas e produzir alimentos.
Além do crescimento populacional, a urbanização e a industrialização também fazem o consumo de água aumentar. Uma família que tem acesso a água encanada consome três vezes mais água do que uma família abastecida por um poço.
Mas o crescimento industrial consome ainda mais água que a urbanização. Considerando que o Brasil é um país em desenvolvimento, fica fácil imaginar o cenário: mais pessoas estão tendo acesso à água encanada e passando a consumir três vezes mais. O crescimento econômico faz com que as pessoas consumam mais, obrigando a indústria produzir mais, e para produzir 1 tonelada de grãos é preciso usar a mesma quantidade de água. Só que esse é um recurso finito.
Campeões do desperdício
Apesar de estarmos caminhando para um futuro nada confortável, mesmo para um país favorecido neste recurso natural, continuamos a desperdiçar água diariamente. E apesar do consumo residencial ser responsável por menos de 10% da água consumida no país, é em casa que mais desperdiçamos água.
O desperdício residencial é o campeão, sendo que no Brasil, o desperdício de água chega a 70% e nas residências temos até 78% do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos.
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