Relatório divulgado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras informa que na primeira década deste século 141 jornalistas foram assassinados por terem denunciado a influência de grupos criminosos.
Segundo a ONG, no mundo pós-Guerra Fria as principais ameaças à imprensa são as máfias, os cartéis de drogas e os grupos paramilitares dedicados ao contrabando.
O relatório destaca o avanço do tráfico de drogas no Brasil e cita as dificuldades para investigar os crimes na região da chamada tríplice fronteira.
Essa ameaça não provém apenas das máfias tradicionais, como a Cosa Nostra, mas também das novas organizações que operam nos circuitos internacionais e nos paraísos fiscais desviando e lavando recursos financeiros.
Na avaliação da ONG, a imprensa está desunida para enfrentar as ameaças do crime organizado: seus correspondentes estão isolados e a capacidade de cada um de realizar investigações aprofundadas está se reduzindo pela pressão em cobrir o noticiário diário.
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