80 ANOS DO GUERREIRO Márcio Jerry: “Mané tem a palavra do amor”

Márcio Jerry com Manoel da Conceição
O presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, participou no último sábado, 28, na sede do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (Centru), povoado Pé de Galinha, em João Lisboa, das comemorações do aniversário do líder camponês Manoel da Conceição, que no dia 24 completou 80 anos de idade.

Márcio Jerry saudou o companheiro e um dos mais importantes ideólogos das lutas camponesas do Brasil desde a segunda metade do século XX em seu nome, em nome do PCdoB do Maranhão e do candidato do partido ao governo do estado, Flávio Dino.

Segundo o dirigente, “Mané [como é chamado carinhosamente pelos amigos] tem a palavra do amor”. “Cada ensinamento seu, cada gesto, cada observação, são lançados de maneira serena e sábia”.

““Parabenizo Mané pelos seus 160 anos, porque cada dia de sua guerra, não foi um dia, foi um dia e uma noite. Sua luta firme em defesa dos camponeses, da democracia, das questões sociais e dos direitos humanos é exemplo para todos nós, para sua geração e para as outras seguintes. Que viva mais 160 anos”, assinalou.

MENSAGEM

Márcio Jerry leu uma mensagem do candidato ao governo estadual Flávio Dino. No texto, ele diz que “Manoel da Conceição é um patrimônio do Brasil e do Maranhão”. “Figura emblemática por sua coragem, dedicação, coerência, combatividade. Valores associados à simplicidade dos grandes”.

Leia a mensagem na íntegra:

MANÉ, GUERREIRO, DO POVO BRASILEIRO
A trajetória de vida e lutas de Manoel da Conceição é um patrimônio da história do Brasil e do Maranhão. Figura emblemática por sua coragem, dedicação, coerência, combatividade. Valores associados à simplicidade dos grandes.

Conheci Manoel da Conceição na estante da biblioteca de meu pai, Sálvio Dino. Peguei “Essa Terra é Nossa” num momento em que “Mané” ainda não tinha regressado ao Maranhão. Vi no livro o retrato vivo de um homem gigante, dedicado a seu povo, líder camponês que não conheceu o medo.

Manoel da Conceição, para nós que trafegamos pela margem esquerda da vida, é uma marca, uma referência, é mais que um homem em si. A visão de mundo, a luta, a capacidade organizativa, a fé na educação dos trabalhadores como fator essencial de emancipação, fazem dele um revolucionário contemporâneo singular, exemplo daquele “homem novo” aludido pelo Che.

Tenho pelo Manoel, além de reverência sincera por tudo que ele representa, uma eterna gratidão. Em 2010, contrariando apelo meu e de outros companheiros, fez greve de fome ao lado de Dutra e Terezinha Fernandes contra uma das maiores violências, das tantas a que resistiu, que foi a capitulação do PT que ele ajudara a fundar em 1980 e do qual foi um dos primeiros e principais dirigentes, ao poder oligárquico liderado por José Sarney, aquele que era governador quando a polícia o baleou nas matas do Pindaré. O apoio do PT naquele momento à nossa candidatura certamente teria dado um outro desfecho à eleição para o governo do Maranhão. Foi mais um gesto da grandeza de “seu Mané” na luta pela libertação do nosso estado do jugo oligárquico.

Ao saudar Manoel da Conceição em seu aniversário, lembro quem disse que “o aniversário dos revolucionários é a celebração da esperança”. Esperança que Manoel tem e conosco divide de construirmos um Maranhão para todos. Evoco a palavra de ordem “Mané, guerreiro, do povo brasileiro” e busco em César Teixeira a palavra acesa que diz “te saúdo, companheiro/ e bebo na taça da aurora/em que te ergues inteiro/pra todo o sempre e agora”.


Viva Manoel da Conceição, viva a luta do povo maranhense.

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