Região Tocantina tem argila rara que corrige acidez do solo



O secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, recebeu do presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Manoel Barretto da Rocha Neto, conclusões parciais de pesquisa que indica a existência no Maranhão de uma argila considerada preciosa e rara.

O resultado preliminar da investigação técnica, que será concluída no final deste ano, foi apresentado a Guterres durante reunião, realizada este mês na sede da Companhia, no Rio de Janeiro. Participaram do encontro, o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, e o diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento, da CPRM, Antônio Carlos Bacelar Nunes.

A pesquisa foi realizada por cientistas da CPRM, órgão do Ministério de Minas e Energia. A existência do mineral na Região Tocantina já está comprovada. Faltam apenas serem fechados detalhes em termos de mapeamento que serão totalizados até dezembro.

A argila encontrada tem propriedades físico-químicas, o que a torna propícia para corrigir a acidez de terras que podem, desta maneira servir para plantio. Pesquisadores em agropecuária consideram-na a redenção para garantir produtividade a áreas inóspitas do cerrado. “Essa argila ajuda a impedir a lixiviação do solo”, afirmou Manoel Barreto.

Durante a reunião, eles analisaram propostas de exploração sustentável dos recursos minerais e hidrogeológicos do Maranhão, inclusive o da argila encontrada na Região Tocantina.

“A Secretaria de Minas e Energia está trabalhando em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, e com as prefeituras e o setor privado, conforme diretriz estabelecida pela governadora Roseana Sarney”, explicou Ricardo Guterres.

O secretario de Minas e Energia recebeu de Manoel Barretto o recém-lançado “Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia Brasileira” com as informações sobre o potencial mineral maranhense. O documento, que é resultante de uma pesquisa técnica, apresenta 88 materiais avaliados e catalogados nos estados do Maranhão, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.  Do total, 75% não têm registro anterior e podem vir a ser explorados em empreendimentos mineroindustriais. Fernando Fialho lembrou que mapeamentos como esse são importantes para atrair potenciais investidores.

A CPRM tem atribuições de Serviço Geológico do Brasil. Sua missão é gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Atua nas áreas de levantamento geológico, geofísico, geoquímico, hidrológico, hidrogeológico e de informações para gestão territorial. Opera, também, na gestão e divulgação de informações geológicas e hidrológicas.

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